De acordo com as autoridades, foram iniciadas investigações para determinar as causas desta catástrofe, a pior em território chinês em quase 80 anos, nomeadamente sobre o possível papel dos andaimes de bambu.
Um dia após o início do incêndio, as chamas intensas que afetaram quatro dos oito blocos de apartamentos foram finalmente extintas, informaram os serviços de emergência na tarde de hoje, e os incêndios em três outros estavam sob controlo.
Apenas um edifício do complexo não foi afetado.
Numa conferência de imprensa, o número dois do Governo daquela região administrativa especial (RAEHK), Eric Chan, afirmou que era “imperativo acelerar a transição completa para os andaimes metálicos”.
A polícia está a investigar a forma como as chamas se propagaram entre os arranha-céus naquela que é uma das zonas mais densamente povoadas do mundo.
Entre os 83 mortos conta-se um bombeiro de 37 anos.
Um balanço anterior dava conta de pelo menos 75 mortos.
Dos hospitalizados, 12 estavam em estado crítico, 29 em estado grave e 17 estáveis, informaram também hoje as autoridades.
Contudo, o número de mortos ainda pode aumentar, com o chefe do executivo da cidade, John Lee Ka-chiu, a anunciar hoje de manhã que estavam desaparecidas 279 pessoas.
Mais tarde, os bombeiros afirmaram ter estabelecido contacto com algumas dessas pessoas, segundo a agência de notícias France-Presse.
Ainda hoje o Governo de Hong Kong criou um fundo com 300 milhões de dólares locais (33,3 milhões de euros) para as vítimas do incêndio mais mortífero na cidade em mais de um século.
Numa conferência de imprensa, o chefe do Executivo, John Lee Ka-chiu, disse que o fundo, criado no banco estatal Banco da China, começaria a aceitar donativos a partir das 19:00 (11:00 em Lisboa).
Na mesma ocasião, John Lee anunciou ainda que o Governo irá distribuir, até ao final do dia de hoje, 10 mil dólares de Hong Kong (1.110 euros) a cada família afetada pelo incêndio no complexo de habitação social Wang Fuk Court.
Lusa