Assinalando o Dia Internacional da Proteção Civil, que se celebra em 01 de março, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) vai promover na sexta-feira, às 09:30, nos Paços do Concelho, uma ação de sensibilização à população sobre o risco de tsunami, direcionada às freguesias de Santa Maria Maior e da Misericórdia.
Essa ação incluirá uma sessão pública de apresentação do Sistema de Aviso e Alerta de Tsunami no Estuário do Tejo, com a presença do vereador da Proteção Civil, Ângelo Pereira (PSD), informou a câmara.
“Seguir-se-á um exercício de evacuação, com o acionamento de sinal sonoro (sirene), com início previsto para as 11:30 e emissão de sinais sonoros do sistema de aviso e alerta de tsunami durante cerca de 10 minutos”, indicou a CML.
O Sistema de Aviso e Alerta de Tsunami no Estuário do Tejo começou por ser instalado na Praça do Império, em Belém, onde já foram realizados dois exercícios para testar o grau de prontidão, com o acionamento da sirene, em novembro de 2022 e em novembro de 2023.
Dando continuidade à implementação deste sistema na frente ribeirinha da cidade de Lisboa, que se encontra exposta ao risco de tsunami, a CML concluiu agora a implementação na Ribeira das Naus, entre o Cais do Sodré e a Praça do Comércio, que abrange as freguesias de Santa Maria Maior e Misericórdia.
Em 26 de novembro de 2022, a CML apresentou o Sistema de Aviso e Alerta de Tsunami no Estuário do Tejo, com a instalação de sirenes na Praça do Império e na Ribeira das Naus e a definição de percursos de evacuação.
Nessa altura, o vereador da Proteção Civil, Ângelo Pereira (PSD), disse que “o fenómeno das alterações climáticas impõe hoje uma urgência acrescida em preparar Lisboa para maiores ocorrências ou catástrofes, como os tsunamis”.
O projeto inclui a instalação de um sistema de aviso à população, com duas sirenes e dois painéis informativos digitais na Praça do Império e na Ribeira das Naus, e de sinalética vertical de evacuação de emergência (percursos de evacuação e pontos de encontro), a que se juntam a realização de ações de sensibilização e informação pública sobre o risco de tsunami na cidade.
“Lisboa está já a preparar-se para este risco”, assegurou o vereador Ângelo Pereira, referindo que, além do fenómeno das alterações climáticas, a história e a geografia da cidade determinam a “possibilidade real da ocorrência de sismos, com tsunamis a eles associados, um risco que é ainda exponenciado pela grande frente ribeirinha”.
A faixa ribeirinha de Lisboa encontra-se exposta aos efeitos de um tsunami, em especial a zona entre Belém e Santa Apolónia, onde o índice de perigosidade de inundação por tsunami é “extremo” num cenário de sismo de magnitude de 8,75 graus na escala de Richter, segundo dados do Serviço Municipal de Proteção Civil.
Alguns dos sinais naturais que indiciam a possibilidade de ocorrência de um tsunami e que devem desencadear a evacuação imediata do local são a ocorrência de um sismo forte, a variação súbita e anormal do nível do rio e um ruído estranho vindo do rio.
Em termos de preparação prévia, o Serviço Municipal de Proteção Civil aconselha os cidadãos a estarem informados sobre as zonas expostas a perigo de tsunami, a elaborem um plano de emergência familiar e a conhecerem o do seu local de trabalho ou escola, e a combinarem uma forma de contacto alternativo e um local de reunião.
Outras das ações são a preparação de um ‘kit’ de emergência, com “água e alimentos não perecíveis, lanterna, rádio, agasalhos, estojo de primeiros socorros, artigos de higiene pessoal, apito, canivete multifunções e cópia dos documentos pessoais”, e o conhecimento da sinalização de percursos de evacuação e de pontos de encontro.
Lusa