Numa ação simbólica que levou o SPM até à porta do Instituto Regional de Emprego, no Funchal, estiveram esta manhã docentes contratados e desempregados com o responsável do sindicato, Francisco Oliveira, a denunciar que, "neste momento, há cerca de 500 professores que aguardam colocação e são professores que estão no ensino há muitos anos".
Estes são os professores para os quais o sistema regional ainda não arranjou colocação, sendo obrigatório que os profissionais se inscrevam no centro de emprego, para receber o subsídio de desemprego, já que os contratos de trabalham caducam automaticamente em 31 de agosto.
"Não faz sentido colocar professores nos quadros em final de agosto, quando deveriam ser colocados até final de julho e depois colocar os contratados só em setembro", afirmou, considerando o procedimento "incorreto".
Francisco Oliveira denunciou aquilo que considera ser um procedimento estranho quando comparado com outros anos.
"Este ano o centro de emprego teve um procedimento que nunca tinha acontecido", disse, especificando que, como os 500 professores poderiam aceder "em massa" às inscrições, o centro "dispersou ao longo da semana, por ordem alfabética, o atendimento"
No seu entender, esta "é uma forma útil para os serviços, mas não está correta porque devem resolver esta situação o mais rapidamente possível".
A região, sublinhou, é a única a praticar este tipo de política, ao contrário do continente e dos Açores, que “colocam estes professores antes do final de agosto".
O representante sublinhou que professores agora desempregados não são profissionais que "acabaram de sair das universidades": “A maioria dos professores que aguardam colocação já estão a trabalhar nas escolas há mais de 10 anos".
De acordo com os dados do SPM, já estão colocados cerca de quatro mil docentes nos quadros de escola da Madeira.
Nos quadros de zona estão já em funções dois mil professores, restando os cerca de 500 que podem ainda ser contratados.
C/LUSA