Um grupo de cerca de 10 pessoas “irrompeu”, na madrugada de terça-feira, nas Urgências do Hospital de Famalicão e agrediu um elemento da segurança e profissionais de saúde, provocando três feridos, segundo fontes hospitalar e policial.
Em comunicado, a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) manifesta-se solidária com os profissionais agredidos e sublinha que este episódio “de violência gratuita”, não pode ser visto de forma isolada e deve ser alvo de reflexão por parte da Direção Nacional da PSP e responsáveis políticos uma vez que “torna evidente e pública a falta de meios humanos e materiais”.
“Esta situação complexa, com a PSP a ser acusada publicamente de demora em acorrer à unidade hospitalar onde decorriam as agressões, lesa a instituição, mina a sua credibilidade, coloca os profissionais expostos à crítica pública – com o seu profissionalismo colocado em causa sem que tenham qualquer responsabilidade na incapacidade de resposta à ocorrência”, sublinha a ASPP/PSP.
Para a associação, o “impedimento de saída de profissionais para a pré-aposentação e consequente envelhecimento do efetivo, a falta de candidatos, o abandono da profissão continuam, a par de episódios semelhantes ao que aconteceu no Centro Hospitalar, a ser problemas que não se podem esconder”.
A ASPP/PSP lembra que nos últimos anos centenas de polícias abandonaram a carreira.
Na terça-feira, em comunicado, o Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA) informava que o episódio foi registado pelas 03:30, quando o grupo de cerca de 10 pessoas entrou “de forma agressiva” no Serviço de Urgência, acompanhando uma mulher.
“Quando solicitados a acalmarem-se pelo elemento de segurança, agrediram-no com violência, forçaram a entrada no serviço e, quando de novo lhes foi pedida calma, agrediram os profissionais de saúde que se aproximaram, tendo provocado ferimentos com alguma gravidade em dois profissionais”, acrescentava.
Também em comunicado, a PSP adiantava, na terça-feira, que recebeu uma chamada via 112, comunicando que estaria a ocorrer uma desordem com agressões, envolvendo um grupo de 15 a 20 cidadãos, no serviço de urgência do hospital de Vila Nova de Famalicão.
Acrescentva que não foi possível, até à data, identificar nem deter os alegados agressores, por terem fugido do local e que estavam em curso “diligências tendentes a obter indícios que permitam identificar os autores das agressões e dos danos referidos, de forma a que sejam criminalmente responsabilizados”.
Lusa