Em declarações à agência Lusa, a propósito da escolha de José Luís Carneiro para ministro da Administração Interna, o presidente da ASPP, Paulo Santos, afirmou que o sindicato “não personaliza os cargos”.
“Não querendo entrar em considerações relativamente à pessoa, estamos mais preocupados que o próximo Governo continue com as políticas que têm sido praticadas nos últimos anos, porque já se demonstrou que estão erradas para a área da segurança interna, para aquilo que é o interesse dos profissionais da PSP e das populações”, precisou Paulo Santos.
O presidente do maior sindicato da Polícia de Segurança Pública sublinhou que, quando o novo ministro tomar posse, a ASPP vai pedir uma reunião, demonstrar as preocupações e entregar o caderno reivindicativo.
Segundo o sindicato, “há questões que são estruturais para os próximos quatro anos”, nomeadamente a questão de alteração do valor subsídio de risco, reestruturação das tabelas remuneratórias de forma a aumentar a atratividade da profissão de polícia “que está com dificuldades em ter candidatos” e a pré-aposentação.
A reorganização dos serviços e da orgânica da PSP são outros assuntos que a ASPP quer ver na agenda do novo ministro da Administração Interna.
Paulo Santos recordou ainda que os polícias têm sido, nos últimos anos, “bastante fustigados pela parte das finanças e por uma visão economicista”, tendo sido a área da segurança interna considerada apenas uma despesa.
José Luís Carneiro foi hoje nomeado ministro da Administração Interna, depois de ser secretário-geral adjunto do Partido Socialista desde 2019.
Lusa