De acordo com os dados divulgados pelo SESARAM, “dentro dos 40 medicamentos mais onerosos apenas o oxigénio e os anticoagulantes são transversais a toda a atividade clínica. Todos os outros fármacos incluídos nas outras áreas terapêuticas destinam-se a patologias específicas, a maioria fornecida em regime de ambulatório e/ou hospitais de dia.”
A maior despesa com medicamentos é feita no tratamento das doenças oncológicas. Nos primeiros quatro meses do ano os gastos nos fármacos que ajudam a tratar o cancro foi superior a 1 milhão e duzentos mil euros (1.285.957,44€). Depois é com no combate ao Vírus da Imunodeficiência Humana (VHI Sida) que acontece a segundo gasto maior (830.728,90€). Na compra de oxigénio o SESARAM já gastou mais de meio milhão de euros (529.054,09€).
Os dados passam a ser publicados a partir de hoje no micro site do Serviço de Saúde da RAM (SESARAM). Trata-se de uma página que contém os principais indicadores das atividades promoção da saúde e de prestação de cuidados médicos e de enfermagem. (Promoção da Saúde, Acesso à Saúde e Recursos). Nestes blocos informativos constam alguns “indicadores de saúde relacionados com as atividades de promoção da saúde, nomeadamente ao nível da identificação das ações de educação, dos rastreios, da vacinação e da prevenção de quedas.”
O SESARAM destaca que “tudo isto só é possível graças ao forte investimento que tem sido feito nos centros de saúde, nos serviços hospitalares e nos serviços de apoio logístico.”
“No primeiro trimestre de 2017, verificou-se uma redução na ordem dos 8% no número de atendimentos no Serviço de Urgência do Hospital Dr. Nélio Mendonça (HNM), em comparação com o período homólogo de 2016”. Dados que contrastam com um aumento das consultas. “Contabilizaram-se 69.735 consultas médicas de especialidade, um aumento na ordem dos 7%. O destaque vai para as áreas de dermatologia, hemato-oncologia, gastroenterologia, otorrinolaringologia, obstetrícia, medicina paliativa e consultas de pediatria realizadas no Centro de Desenvolvimento da Criança.”
Na área dos cuidados primários, entre outros elementos, diz que existem 180.809 utentes com médico de família na região, não estando cobertos 110.839 utentes inscritos nos centros de saúde do arquipélago.
Ainda inclui que no primeiro trimestre deste ano se regista "um aumento no número de consultas médicas realizadas" nestas unidades de saúde, em comparação com o período homólogo de 2016, o que representa "mais 4.542 consultas efetuadas na Região, com o especial destaque para os concelhos do Porto Santo, Câmara de Lobos, Calheta, Ponta do Sol, e Ribeira Brava".
No SESARAM trabalham 4776 profissionais, a maioria do sexo feminino (75%), com uma habilitação dominante ao nível da Licenciatura (51%).