A situação põe em evidência as "dificuldades que a Rússia enfrenta para reorganizar as unidades militares em zonas avançadas dentro da Ucrânia", diz ainda a informação difundida pelo Ministério da Defesa do Reino Unido.
É provável que a Rússia venha a compensar a "capacidade de manobra terrestre com ataques intensos de artilharia e com mísseis", acrescenta o documento britânico.
Por outro lado, declaração da Rússia sobre a centralização da ofensiva em Donetsk e Luhansk "indica a probabilidade de estar a lutar para manter mais de um eixo de ataque significativo", diz ainda o mesmo relatório.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.179 civis, incluindo 104 crianças, e feriu 1.860, entre os quais 134 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 3,9 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.