Numa nota divulgada hoje, reagindo às recorrentes notícias sobre sucessivas ruturas de medicamentos nas unidades de saúde da região, o gabinete do secretário da Saúde madeirense menciona que o SESARAM "despende cerca de 32 milhões de euros em medicamentos por ano, prevendo atingir no ano em curso os 40 milhões de euros".
Na mesma informação, afirma que "em caso de rutura de fármacos urgentes, o SESARAM aciona alternativas, nomeadamente com o recurso aos fornecedores, às unidades privadas de saúde da região ou a unidades públicas do Serviço Nacional de Saúde, não estando em causa o tratamento do doente".
Também assegura que "em momento algum, a vida e o tratamento dos doentes esteve em causa por falta de cuidados de saúde ou por falhas pontuais de determinados fármacos, que são repostos pela farmácia hospitalar em tempo útil".
No documento, o governo argumenta que a situação de envelhecimento demográfico, doenças crónicas e introdução de novos medicamentos contribuíram para o "aumento das necessidades em saúde", às quais o serviço de saúde tenta "responder com qualidade e segurança".
Entre outros aspetos, o governo madeirense aponta que, em 2016, no arquipélago, foram disponibilizadas cerca de 98 mil vacinas, o que representou um custo de 900 mil euros, estando a taxa de cobertura da população acima dos 95 por cento", e faz um apelo para que "os pais vacinem as suas crianças".
Outra situação indicada é que o SESARAM "acompanha a evolução científica e recorre aos novos fármacos, aos designados biossimilares de elevado custo para os sistemas de saúde, que todavia asseguram o tratamento específico e direcionado para as doenças do foro oncológico, inflamatório, metabólico e autoimune".
No ano passado foram realizados 3.335 tratamentos com este tipo fármacos, que representaram um investimento na ordem de 1,2 milhões de euros.
O executivo insular adianta que em 2016 foram efetuados igualmente 12.284 tratamentos de radioterapia, 16.012 tratamentos de quimioterapia, 10 tratamentos de radiocirurgia e 12 tratamentos de braquiterapia, que custaram 350 mil euros.
A secretaria regional da Saúde da Madeira conclui "tranquilizando a população" e reafirma que o SESARAM "presta serviços de saúde com segurança, qualidade e elevada responsabilidade, conforme reconhecido recentemente pela direção-geral de Saúde, em resultado da elevada competência dos profissionais".