"Esta concentração sindical, para além de ser justa, é legitima e é muito oportuna, porque achamos que não podemos ficar calados, não podemos ficar impávidos e serenos perante aquilo que está a acontecer", disse o comissário Adelino Camacho, da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP/PSP).
O dirigente considerou que os deputados da Assembleia da República estão a "tratar muito mal" os agentes de segurança, bem como a "desrespeitar" e a "desconsiderar" as instituições politicais e os seus profissionais.
Adelino Camacho sublinhou que o Orçamento do Estado para 2019 "ignora e esquece" os problemas das forças de segurança, nomeadamente ao nível do investimento em meios humanos e materiais.
"Estamos a falar de um Orçamento em que 80% é para pagar salários e 20% é para a direção nacional gerir 20 comandos, incluindo os comandos metropolitanos e Lisboa e do Porto e os comandos regionais dos Açores e da Madeira", indicou, vincando que, deste modo, os problemas vão persistir.
As polícias marcaram para hoje uma manifestação conjunta em Lisboa, a decorrer entre a praça do Comércio e a Assembleia da República, num protesto organizado pela estrutura que congrega os sindicatos e as associações socioprofissionais mais representativa do setor da segurança interna.
"O comando regional padece das mesmas falências e das mesmas dificuldades e daí que estamos a ser solidários com os colegas do continente", disse o representante da ASPP/PSP da região autónoma, vincando que "qualquer decisão que afete os colegas no continente vem também afetar, de forma direita ou indireta, os profissionais na Madeira".
LUSA