O sindicalista avançou que os sapadores florestais existem há 22 anos, mas “não têm uma carreira” nem “uma profissão regulamentada”.
Nesse sentido, sublinhou, que os sapadores florestais exigem uma carreira e um estatuto profissional que dignifique estes trabalhadores, que têm salários baixos e precários.
O Sindicato Nacional da Proteção Civil refere que os sapadores florestais têm o salário “mais baixo da proteção civil” ao auferirem o ordenado mínimo, não tendo uma carreira e estatuto profissional que regulamente a sua profissão ou que lhes seja atribuído “um simples subsídio de risco”.
Segundo o sindicato, existem atualmente cerca de dois mil sapadores florestais que trabalham para o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), municípios, freguesias e comunidades intermunicipais, estando também presentes no setor privado em associações de produtores florestais, baldios e agrupamentos de baldios.,
“Os sapadores florestais são os únicos operacionais do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) que atuam durante todo o ano na floresta contribuindo para que haja uma eficaz gestão de combustíveis para a prevenção de incêndios rurais”, refere o sindicato, frisando que no verão estão também em ações de vigilância e de apoio ao combate aos fogos.
O Governo, através das secretarias de Estado da Conservação da Natureza e Florestas e do Trabalho e Formação Profissional, criou um grupo de trabalho para resolver a situação atual das carreiras dos sapadores florestais, nomeadamente ingressos, vencimentos, categorias e formação profissional, devendo a primeira reunião ocorrer em setembro.