"Pensamos que as principais sanções foram decididas, e a nossa atenção nos próximos dias vai focar-se na fuga", ou seja, o risco de a Rússia contornar as medidas impostas pelos Estados Unidos, referiu o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, num colóquio.
"Teremos avisos nas próximas duas semanas identificando alvos que estão a tentar permitir esta fuga, tanto na Rússia como fora do seu território", adiantou o conselheiro de segurança nacional do Presidente dos Estados Unidos.
“Há também a questão da energia na Europa, um tema que continua" entre os ocidentais, acrescentou Jake Sullivan, numa referência às compras de hidrocarbonetos russos pelos países da União Europeia (UE), que até agora não interromperam – tendo decidido apenas não comprar carvão russo a partir de agosto -, e que alimentam os cofres de Moscovo.
O conselheiro de Biden assegurou ainda, sobre os bens dos oligarcas russos congelados devido às sanções, por exemplo os seus iates ou os seus ativos financeiros, que “o objetivo não é devolvê-los" aos seus proprietários no final do conflito.
"O nosso objetivo é usá-los melhor", esclareceu, acrescentando que "há maneiras de o fazer” e outras que talvez possam ser desenvolvidas.
Alguns congressistas norte-americanos já pediram a venda ou liquidação de bens russos afetados pelas sanções para financiar a reconstrução da Ucrânia no pós-guerra.
A intervenção militar russa na Ucrânia, que começou a 24 de fevereiro, foi condenada pela comunidade internacional, que reagiu com sanções económicas e políticas contra Moscovo, e com o fornecimento de armas a Kiev.