O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou, na quarta-feira, um aumento de 30% do salário mínimo dos venezuelanos, que passará de 136.534 para 177.507 bolívares (Bs), de 10,38 para 13,50 euros, respetivamente, à taxa oficial de câmbio Dicom.
Por outro lado, o subsídio de alimentação passará de 21 para 31 unidades tributárias, de 189.000 para 279.000 bs (de 14,37 para 21,22 euros), para um total de 456.507 bs (34,73 euros) ao câmbio oficial.
O aumento, segundo Nicolás Maduro, entrou em vigor desde 1 de novembro e abrange ainda os reformados e aposentados.
O Presidente da Venezuela anunciou ainda que será distribuído uma "CLAP de natal" (bolsa de alimentos a preços subsidiados), que terá todos os componentes para a preparação de "hayacas" (prato típico natalício).
Esta é a quinta-vez que o Presidente da Venezuela ordena o aumento do salário nacional, a primeira delas teve lugar em janeiro (50%), seguindo-se maio (60%), julho (50%) e setembro (40%).
Com frequência os venezuelanos queixam-se dos altos preços dos produtos e de que o salário não é suficiente para manterem uma vida de qualidade, num país onde a inflação acumulada nos últimos 12 meses, segundo a imprensa local, é de mais de 700%.
Na Venezuela, meio quilograma de massa custa à volta de 24.000 bolívares (1,82 euros), um quilograma de açúcar 37.000 bs (2,81 euros), um quilograma de queijo amarelo 130.000 bs (9,89 euros) e um pão 5.000 bs (0,38 euros).
LUSA