A operação ocorreu na localidade de Chasov Yar, na região de Donetsk, e envolveu uma “arma de alta precisão das Forças Aeroespaciais russas”, disse o porta-voz do comando militar russo, tenente-general Igor Konashenov, citado pelas agências russa TASS e espanhola EFE.
Konashenov disse que no ‘hangar’ estavam “até 30 militantes ucranianos” a bombardear áreas residenciais de Donetsk com “obuses norte-americanos M777 de 155 milímetros”.
Disse também que a artilharia russa atingiu 117 posições ucranianas, “incluindo dois pontos de colocação de mercenários estrangeiros na região de Kharkiv” no leste do país.
De acordo com Konashenkov, o exército russo destruiu 22 postos de comando na região no último dia.
Também relatou ataques russos nas regiões de Dnipro, Donetsk e Mykolayiv.
Nesta última região, os aviões russos abateram dois Su-25 da força aérea ucraniana, acrescentou o porta-voz militar de Moscovo.
As informações sobre as operações militares na Ucrânia divulgadas pelas duas partes em conflito não podem ser verificadas de imediato de forma independente.
A guerra na Ucrânia foi iniciada pela Rússia em 24 de fevereiro deste ano, quando invadiu o país vizinho para o “desmilitarizar e desnazificar”.
Após uma primeira fase de ataques em várias frentes, incluindo a capital, Kiev, as forças russas concentraram-se nos últimos meses na conquista da região oriental do Donbass, que inclui Donetsk e Lugansk.
Trata-se de duas autoproclamadas repúblicas populares que a Rússia reconheceu como independentes dias antes de lançar a ofensiva na Ucrânia.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse na altura que estava a responder a pedidos de ajuda das forças separatistas para pôr termo ao que designou por “genocídio” da população russófona do Donbass.
Os separatistas pró-russos do Donbass, apoiados por Moscovo lutam contra Kiev desde 2014, quando a Rússia invadiu e anexou a península ucraniana da Crimeia.
A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 136.º dia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A União Europeia e vários países ocidentais têm decretado sanções contra a Rússia e fornecido armas à Ucrânia.
Desconhece-se o número exato de baixas civis e militares, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm alertado que será consideravelmente elevado.