Num relatório publicado no Facebook, o Estado-Maior General das Forças Armadas da Ucrânia disseram que a Rússia transferiu unidades aerotransportadas e até 500 unidades de equipamento militar para Izium, para reforçar as suas capacidades ofensivas.
“Os principais esforços das tropas russas estão concentrados em Izium. O inimigo está a tentar lançar uma ofensiva nas direções de Sulyhivka – Nova Dmytrivka e Andriivka – Velyka Komyshuvakha", refere o relatório.
Segundo o exército ucraniano, as forças russas continuam a tentar “estabelecer o controlo total sobre o território das regiões de Donetsk e Lugansk e manter um corredor terrestre com a Crimeia”, anexada pela Rússia em 2014.
"Os invasores russos estão a aumentar o ritmo da operação ofensiva. Em quase todas as direções, as tropas russas estão a intensificar a sua atividade bélica", acrescenta o relatório.
As maiores atividades ofensivas das forças russas são registadas nas direções de Slobozhanskyi, perto de Kharkiv, e em Donetsk.
Donetsk e Lugansk são duas autoproclamadas repúblicas no leste da Ucrânia, que só foram reconhecidas por Moscovo.
O Instituto de Estudos de Guerra, um ‘think tank’ dos EUA, diz no seu último relatório que as forças russas têm obtido ganhos menores, mas constantes, tanto a partir de Izium quanto em ataques contínuos ao longo da linha de contacto entre as duas forças, no leste da Ucrânia.
As forças russas também tomaram várias pequenas cidades a oeste de Izium nas últimas 24 horas.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, desencadeando uma guerra que provocou um número de baixas civis e militares ainda por determinar.
A ONU confirmou na quarta-feira que pelo menos 2.787 civis morreram e 3.152 ficaram feridos, mas manteve o alerta para a probabilidade de os números serem consideravelmente superiores.
O conflito levou mais de 5,3 milhões de pessoas a fugir da Ucrânia, na pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia, segundo a ONU.
Lusa