"Esta manhã, a área de fronteira de Rislk não estava calma. Por volta das 08:00 (06:00 em Lisboa), o posto de fronteira em Krupets foi atacado com morteiros", escreveu o governador da região de Kursk, Roman Starovoit, na rede social Telegram.
Starovoit acrescentou que os guardas de fronteira russos responderam ao ataque e destruíram as posições de onde o bombardeamento foi lançado.
A região de Kursk faz fronteira com a região ucraniana de Sumy, palco de intensos combates desde que a Rússia lançou a sua chamada "operação militar especial" na Ucrânia em 24 de fevereiro.
Em meados deste mês, o Ministério da Defesa russo alertou que aumentará o número e a escala de ataques com mísseis contra alvos na capital ucraniana em resposta a qualquer ataque terrorista ou ato de sabotagem em território russo pelo "regime nacionalista" de Kiev.
O último ataque de foguete russo contra Kiev ocorreu na quinta-feira, durante a visita do secretário-geral da ONU, António Guterres, segundo o autarca da capital, Vitali Klitchko.
Klitchko declarou que dois mísseis de cruzeiro atingiram a cidade, um deles num prédio de apartamentos. Segundo as autoridades ucranianas, pelo menos 10 pessoas ficaram feridas.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, desencadeando uma guerra que provocou um número de baixas civis e militares ainda por determinar.
A ONU confirmou na quarta-feira que pelo menos 2.787 civis morreram e 3.152 ficaram feridos, mas manteve o alerta para a probabilidade de os números serem consideravelmente superiores.
O conflito levou mais de 5,3 milhões de pessoas a fugir da Ucrânia, na pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).