“Hoje, às 09:00 [hora de Vladivostoque, 23:00 de quinta-feira em Lisboa], toda a frota do Pacífico foi colocada em alerta de combate total”, disse Shoigu numa reunião com oficiais da defesa, citado pela agência espanhola EFE.
Shoigu disse que o objetivo dos exercícios é “aumentar a capacidade das forças armadas russas para repelir potenciais agressões inimigas nos mares e oceanos”.
Os exercícios envolvem unidades das Forças Aeroespaciais e de Apoio.
“É necessário ensaiar ações para impedir o destacamento de forças inimigas numa importante área operacional no Pacífico, a parte sul do Mar de Okhotsk, e repelir o seu desembarque nas ilhas Curilhas do Sul e Sacalina”, afirmou.
A disputa sobre quatro ilhas Curilhas, sobre as quais o Japão reclama soberania, impediu até agora a assinatura de um tratado de paz entre Moscovo e Tóquio, que está pendente desde o final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os exercícios russos, liderados pelo comandante-em-chefe da Marinha, almirante Nikolai Yevmenov, inclui ações defensivas contra ataques aéreos e de mísseis, ensaios de busca e destruição de submarinos, torpedos e artilharia, e prática de tiro ao alvo de mísseis.
Shoigu ordenou que as unidades utilizassem novos tipos de ações, de acordo com o desenvolvimento e armamento moderno possuído pelo inimigo.
O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas russas, general Valery Gerasimov, disse que os exercícios da Frota do Pacífico serão conduzidos em três fases, a primeira das quais consiste em colocá-la em alerta de combate.
Na segunda fase, acrescentou, os navios serão colocados na zona de manobra, e na terceira e última fase, terão lugar os exercícios de tiro ao alvo e outras ações.
O comando militar russo não especificou a duração dos exercícios da Frota do Pacífico.
Lusa