As regiões ultraperiféricas (RUP) da União Europeia, entre as quais a Madeira e os Açores, pretendem criar 20 novas profissões nas economias do mar e da natureza até 2021, no âmbito do projeto GROW RUP, anunciou ontem o executivo madeirense.
"O objetivo é conceber 20 novas profissões nas nossas ilhas viradas para a economia azul (atividades relacionadas com o mar) e para a economia verde, sobretudo ligadas ao turismo de montanha e ao turismo rural", explicou a secretária regional da Inclusão e Assuntos Sociais, Rita Andrade, na abertura do encontro inter-regional GROW RUP – Crescimento das Regiões Ultraperiféricas.
O projeto tem a duração de quatro anos e meio e encontra-se ainda numa fase inicial, sendo que hoje estão reunidos no Funchal representantes da Madeira, Açores, Canárias (Espanha), Reunião e Martinica (França), para debater casos de boas práticas empresariais no âmbito das economias verde e azul.
"O objetivo deste projeto é trabalhar e combater o desemprego nas ilhas das RUP, que têm taxas de desemprego elevadíssimas", disse Rita Andrade, vincando que o propósito final é "conceber, testar e aplicar" 20 novas profissões até ao ano 2021.
O vice-presidente do Governo Regional da Madeira, Pedro Calado, que presidiu à sessão de abertura do encontro inter-regional, evocou, por seu lado, as dificuldades que enfrentam as economias das ilhas, vincando que o princípio da ultraperiferia é o "garante da equidade" com os restantes cidadãos europeus.
"Nas regiões ultraperiféricas tudo é mais complexo, porque estamos a falar da realidade com pouco escala, estamos a falar de dificuldades ao nível de acessibilidades, quer sejam marítimas, quer sejam aéreas", disse, sublinhando que foram precisamente estas limitações "inultrapassáveis e permanentes" que conduziram a consagração do princípio da ultraperiferia.
LUSA