Nicolau Santos falava no painel “Debate da Nação dos Media”, no âmbito do 34.º congresso da APDC que arrancou hoje na Culturgest, em Lisboa, com o mote ‘Business & Science Working Together’ (Negócio & Ciência a Trabalhar Juntos).
O gestor adiantou que a RTP tem “problemas interessantes para resolver”, prosseguiu, recordando que a Contribuição para o Audiovisual (CA) está congelada desde 2016 e que, às vezes, há pequenos aumentos porque depende da instalação de contadores de eletricidade.
“A RTP tem de fazer o seu trabalho de casa até porque não sabemos qual vai ser o enquadramento do serviço público de media em Portugal”, salientou.
Além disso, a estação pública tem seis minutos de publicidade.
“Estamos a tentar encontrar fontes alternativas de receita, mas temos muito de olhar para os custos”, acrescentou.
Nos últimos 15 anos, a RTP teve resultados positivos sempre, mas “este ano vamos ter resultados significativamente negativos”, afirmou.
O programa de rescisões voluntárias e o investimento vão impactar o resultado.
“Esperamos em 2026 voltar a resultados positivos”, rematou.
Lusa