Segundo a Ukrinform – Agência Nacional de Notícias da Ucrânia, que cita o Romania Journal, o general Petrescu declarou que a Rússia está “ativa e constantemente” a bloquear as comunicações GPS (sistema de navegação) dos navios em águas territoriais romenas, o que causa o risco de colisões, e defendeu que a Roménia e a NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental) devem preparar-se para um confronto de longa duração com o regime do Presidente Vladimir Putin.
“Não estamos a ver esta guerra acabar agora e, apesar de admirarmos a resistência da sociedade ucraniana perante os ataques russos, devemos também preparar-nos para um confronto de longo prazo com o regime da Federação Russa”, disse Petrescu, numa intervenção no Fórum para a Resistência Euro-atlântica, organizado em Bucareste pelo Euroatlantic Center for Resilience.
“Existe um risco constante associado à crescente probabilidade de incidentes na fronteira da NATO, pela possibilidade de alguns ‘drones’ (aeronaves não-tripuladas) ou mísseis falharem: as infraestruturas da Roménia ou os navios comerciais em águas territoriais [da Roménia] podem ser atingidos por engano”, sustentou.
Outro perigo apontado pelo chefe do Estado-Maior do Exército romeno são as minas marítimas à deriva no mar Negro.
A ofensiva militar lançada em fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e fez nos últimos 19 meses um elevado número de vítimas não só militares como também civis, impossíveis de contabilizar enquanto o conflito decorrer.
A invasão – justificada por Putin com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.