O Reino Unido vai continuar a aplicar o seu programa nacional de vacinação, que inclui a vacina criada pela farmacêutica AstraZeneca em conjunto com a Universidade de Oxford, e a desenvolvida pela Pfizer/BioNTech, afirmou um porta-voz oficial do primeiro-ministro Boris Johnson.
“Temos sido claros quando dizemos que (o medicamento da AstraZeneca) é seguro e eficaz e, quando pedimos aos cidadãos que a tomem, devem fazê-lo com confiança”, acrescentou.
O porta-voz adiantou que “os resultados deste programa de vacinação começam a ser vistos na diminuição do número de casos registados em todo o país, do número de óbitos e do número de hospitalizações”.
A Agência Europeia do Medicamento (EMA) afirmou hoje que não existem provas, até ao momento, de um aumento de risco de coagulação sanguínea em pessoas vacinadas contra a covid-19.
“As informações disponíveis até ao momento indicam que o número de tromboembolias em pessoas vacinadas não é superior ao observado em toda a população”, referiu a EMA numa nota enviada à agência noticiosa France-Presse.
A Áustria anunciou no domingo ter interrompido a administração de um lote de vacinas produzidas pelo laboratório anglo-sueco após a morte de uma enfermeira de 49 anos que sucumbiu a "sérios problemas de coagulação" poucos dias depois de ter recebido a vacina.
Quatro outros países europeus, Estónia, Lituânia, Letónia e Luxemburgo, suspenderam depois a vacinação com doses provenientes do mesmo lote, entregue em 17 países e que incluía um milhão de vacinas.
A Agência de Medicamentos Italiana (AIFA) anunciou hoje que também suspendeu temporariamente a vacinação de um lote da farmacêutica AstraZeneca por precaução, após relatos de problemas de coagulação diagnosticados em vários países europeus.
Dinamarca, Islândia e Noruega também anunciaram hoje a suspensão do uso da vacina AstraZeneca, apesar de, na quarta-feira, um inquérito preliminar da EMA sublinhar que não existia qualquer relação entre a vacina da AstraZeneca e a morte ocorrida na Áustria.