A Secretária Regional do Ambiente e Recursos Naturais da Madeira, Susana Prada, disse hoje, no Funchal, que o executivo está a trabalhar na regulamentação da carreira de vigilante da natureza, uma das principais reivindicações da associação nacional do setor.
A governante madeirense falava na abertura do XX Encontro Nacional de Vigilantes da Natureza e das XIV Jornadas Técnicas, organizados pela Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza, que decorrem na região autónoma até sexta-feira.
"Gostava hoje aqui de vos garantir que estamos a trabalhar na mais que justa regulamentação da vossa carreira", afirmou Susana Prada, vincando que estes profissionais têm sido "decisivos" na persecução das políticas de proteção e conservação da natureza desenvolvidas na Madeira.
O corpo de vigilantes da natureza na região foi constituído em 1982 e conta atualmente com 37 elementos, sendo que ao nível nacional o grupo é constituído por 180 membros.
"A nossa maior preocupação é a regulamentação da carreira, que está à espera de ser revista desde 2008", disse, por seu lado, Nelson Pereira, representante regional da Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza, a qual propõe, entre outras medidas, alterações ao nível da remuneração, das categorias, da idade da reforma e da capacidade de mobilidade dentro do território nacional.
O dirigente realçou que os vigilantes defendem uma carreira única para todo o país, de modo a permitir o trânsito dos profissionais entre o continente e as regiões autónomas da Madeira e dos Açores.
No caso da Madeira, o Corpo de Vigilantes da Natureza é responsável por projetos de preservação de espécies e de habitats prioritários, como o Maciço Montanhoso ou a Ponta de São Lourenço.
A sua atividade desenvolve-se em todas as áreas protegidas do arquipélago, em particular nas ilhas Selvagens, onde também têm sido o garante da soberania portuguesa.
Lusa