No habitual ‘briefing’ diário nas Velas, na ilha de São Jorge, Fátima Viveiros declarou que, desde o início da crise, registaram-se 28.251 sismos, dos quais 240 foram sentidos.
Na segunda-feira registaram-se 48 eventos, “nenhum deles sentido”, acrescentou.
Já hoje, desde as 00:00 e até às 10:00, “registaram-se 42 eventos e nenhum deles sentido”, o que, de acordo com Fátima Viveiros, aponta para um “ligeiro incremento do número de eventos sísmicos”.
“Este facto vem comprovar o que dizíamos, que o vento [sentido nos últimos dias na ilha] poderia estar aqui a esconder alguns eventos sísmicos de muita baixa magnitude. Agora que temos as condições meteorológicas mais favoráveis conseguimos ter a presença de todos os eventos. Há um ligeiro incremento, mas sempre com a tendência de decrescer em relação ao início da crise, claramente”, frisou.
Apesar de não haver “radiações significativas”, todas as redes que estão instaladas e “todo o trabalho de monitorização que é feito de forma regular vai-se manter nos próximos dias”, segundo a especialista do CIVISA.
A responsável referiu que também irão manter-se “todas as técnicas, desde a parte da sismologia, de deformação crostal e da geoquímica de gases e águas, apesar do decréscimo no número de sismos”.
A ilha mantém o nível de alerta V4 (ameaça de erupção) de um total de sete, em que V0 significa “estado de repouso” e V6 “erupção em curso”.
De acordo com a escala de Richter, os sismos são classificados segundo a sua magnitude como micro (menos de 2,0), muito pequenos (2,0-2,9), pequenos (3,0-3,9), ligeiros (4,0-4,9), moderados (5,0-5,9), forte (6,0-6,9), grandes (7,0-7,9), importantes (8,0-8,9), excecionais (9,0-9,9) e extremos (quando superior a 10).
O sismo de maior magnitude (3,8 na escala de Richter) ocorreu no dia 29 de março, às 21:56 (22:56 em Lisboa).