O secretário-geral da União Geral de Trabalhadores (UGT), Carlos Silva, anunciou hoje, no Funchal, que o movimento sindical vai integrar na sua política reivindicativa para 2017, pela primeira vez, questões específicas relacionadas com as regiões autónomas da Madeira e Açores.
"A ideia é que na nossa política reivindicativa estejam questões específicas das regiões autónomas, que apresentaremos depois aos partidos políticos na Assembleia da República, ao senhor primeiro-ministro, ao senhor Presidente da República e ao senhor ministro das Finanças", afirmou o líder da União Geral de Trabalhadores, após um encontro com o presidente da Câmara Municipal do Funchal.
Carlos Silva explicou que o caderno reivindicativo para 2017 deverá ser aprovado a 29 de setembro e nele vai constar um conjunto de matérias e preocupações "muito pertinentes" de cariz regional e local.
O presidente da Câmara do Funchal, Paulo Cafôfo, indicou, por seu lado, dois assuntos que "preocupam sobremaneira" a autarquia, nomeadamente o regime jurídico dos transportes públicos e a tipificação do quartel dos bombeiros municipais.
"A autarquia acha que deve gerir tudo aquilo que diz respeito à mobilidade na cidade e isso implica a componente dos transportes públicos", explicou Paulo Cafôfo, sublinhando, no entanto, que a adaptação do regime à Madeira não salvaguardou a questão financeira em caso de transferência de competências.
Por outro lado, a corporação municipal de bombeiros carece de enquadramento legal, tendo em conta que a mudança de designação para sapadores, já decretada pelo parlamento madeirense, não teve ainda implicações ao nível das carreiras e do quadro de comando.
"São matérias específicas da região, só dizem respeito a nós, mas que terão outra força se a UGT, na sua política reivindicativa, as levar ao nível nacional", disse Paulo Cafôfo.
C/Lusa