O reitor do Santuário, Carlos Cabecinhas, disse, citado numa nota de imprensa, que “2020 não foi apenas um ano diferente e estranho: foi um ano difícil”, obrigando à ausência de peregrinos nas datas mais marcantes, o que contribuiu para a redução de donativos.
“Foi um ano difícil também a nível económico, pois este lugar depende da presença e da generosidade de quem nos visita”, adiantou, referindo a quebra de 49,15% nos donativos.
Carlos Cabecinhas salientou que o Santuário foi confrontado “com a necessidade de fechar espaços vocacionados para acolher, para receber, para estarem abertos” e celebrou, “pela primeira vez, o 12 e 13 de maio sem presença física de peregrinos e o 12 e 13 de outubro apenas com seis mil peregrinos”.
O Santuário de Fátima perdeu cerca de cinco milhões de peregrinos. Em 2019 visitaram o recinto 6,3 milhões de pessoas, número que baixou para os 1,4 milhões de peregrinos que estiveram em Fátima no ano passado.
A pandemia e a suspensão de muitos voos fizeram também cair o número de peregrinos estrangeiros, que passou de 126 mil em 2019, para 10.764 em 2020.
Considerando que a pandemia obrigou o Santuário a “reinventar-se para continuar a levar a mensagem ao mundo”, a nota salienta que o mês de abril foi “o pior de sempre” da história da instituição.