A cimeira da Comunidade de Estados Independentes (CEI) pós-soviética reúne líderes bielorrussos, cazaques, arménios, azerbaijanos, tajiques, uzbeques, quirguizes e turcomanos, num encontro que se realiza em São Petersburgo.
Entretanto, o Kremlin anunciou hoje que Putin conversará com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, ainda antes do final do ano, sem dar mais pormenores sobre a data dessa conversa ou sobre a agenda de trabalhos.
Na cimeira da CEI que hoje se realiza em São Petersburgo, o Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, é o único que apoia abertamente a campanha militar russa na Ucrânia, para a qual cedeu território às tropas russas.
Além de acelerar a sua integração bilateral, Minsk e Moscovo formaram um agrupamento militar conjunto e também criaram uma frente comum contra a ameaça da NATO.
O líder cazaque Kasim-Yomart Tokayev solicitou a ajuda da Rússia, em janeiro passado, para esmagar uma revolta violenta, mas recusou-se publicamente a reconhecer a anexação russa de quatro regiões ucranianas.
Rússia, Bielorrússia e Cazaquistão também estão a analisar a criação de uma união trilateral de gás, na qual o Uzbequistão também poderá entrar como um país de passagem.
Depois de um novo conflito de fronteiras com o Quirguistão, o líder tajique, Emomali Rachmon, criticou Putin, em outubro, por exigir lealdade dos seus aliados da Ásia Central sem oferecer nada em troca.
Rachmon lembrou ao Presidente russo que foi esse comportamento que levou à desintegração da União Soviética em 1991.
Em novembro, o primeiro-ministro da Arménia, Nikol Pashinyan, recusou a assinar a declaração final da cimeira da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (CSO), alegando a falta de apoio de Moscovo durante o seu mandato, no conflito com o Azerbaijão, incluindo a guerra de 2020 pelo controlo do enclave arménio de Nagorno-Karabakh.
Na semana passada, o líder arménio voltou a criticar Moscovo pela passividade das tropas russas de manutenção da paz destacadas para Nagorno Karabakh, onde o Azerbaijão bloqueou a única estrada que liga o enclave à Arménia.
A CEI – que foi criada para formalizar o "divórcio civilizado" entre 12 repúblicas soviéticas – perdeu já três dos seus membros: Ucrânia, Geórgia e Moldova.
As três repúblicas bálticas – Lituânia, Letónia e Estônia – já tinham conquistado antes a independência da União Soviética.