“Esquecer as lições da história leva à repetição de terríveis tragédias”, defendeu Vladimir Putin, em comunicado hoje divulgado.
“A prova disso são os crimes contra civis, a limpeza étnica (e) as ações punitivas organizadas pelos neonazis da Ucrânia”, afirmou, acrescentando que “é contra esse mal que os soldados [russos] estão a lutar corajosamente”.
O Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto é comemorado anualmente, na sequência de uma resolução das Nações Unidas de 2005, assinalando-se hoje o 78.º ano da libertação dos prisioneiros do campo de concentração nazi de Auschwitz-Birkenau.
Vários sobreviventes vão hoje reunir-se para lembrar os últimos meses da II Guerra Mundial numa altura em que se vive novamente uma guerra na Europa.
O antigo campo de concentração e extermínio situa-se na cidade de Oświęcim, no sul da Polónia, que, durante a II Guerra Mundial, esteve sob ocupação das forças alemãs e se tornou um local onde foram assassinados milhares de judeus, polacos, prisioneiros de guerra soviéticos, ciganos e outros alvos dos nazis.
Ao todo, cerca de 1,1 milhões de pessoas foram mortas no vasto complexo antes de o campo ser libertado pelas tropas soviéticas, em 27 de janeiro de 1945.
O local fica a apenas 300 quilómetros da Ucrânia, onde a agressão russa iniciada em fevereiro de 2022 provocou uma nova guerra na Europa que assombra muitos daqueles que prestam homenagem às vítimas de há oito décadas.
Vladimir Putin compareceu às comemorações do 60º aniversário da libertação do campo, em 2005, mas deixou de ser bem-vindo há vários anos e nenhuma autoridade russa foi convidada para estar presente hoje devido ao ataque da Rússia à Ucrânia, de acordo com o museu de Auschwitz-Birkenau.
Cerca de seis milhões de judeus europeus foram mortos no Holocausto e outros milhões foram mortos durante a guerra, que durou de 1939 a 1945.