“A NAV Portugal – Navegação Aérea de Portugal publicou hoje, em Diário da República, o anúncio de concurso público para o fornecimento e instalação de um sistema para deteção e alerta de turbulência e ‘wind shear’ no Aeroporto da Madeira”, lê-se na informação divulgada pela Secretaria Regional do Turismo e Cultura.
O Governo Regional (PSD/CDS) “saúda o anúncio e espera que o processo seja célere”.
Também recorda que este concurso para aquisição do radar de Banda X e Lidar surge “depois de várias reivindicações por parte do Governo Regional no sentido de melhorar a operacionalidade daquela infraestrutura aeroportuária, frequentemente afetada pelos ventos que se fazem sentir naquela zona”, no concelho de Santa Cruz.
O executivo insular salienta que este novo equipamento, cuja aquisição sofreu inúmeros atrasos, “permitirá recolher dados mais atualizados, completos e fiáveis do que a informação que hoje em dia o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA)dispõe e realizar uma medição mais precisa dos ventos”.
Na nota, é recordado que, em 2021, o grupo de trabalho criado pelo Governo nacional “concluiu, entre outros aspetos, ser fundamental a aquisição dos referidos equipamentos de radar”.
Numa audição parlamentar, na Assembleia da Madeira, em 10 de fevereiro deste ano, a responsável do conselho de administração da NAV, Egídia Martins, afirmou que o concurso poderia avançar “desde que obtivesse garantia de financiamento do Estado”.
Este organismo anunciou depois que tinha garantido no seu orçamento o financiamento para adquirir este equipamento.
Em maio, “foi atualizado o caderno de encargos para o concurso público com vista à aquisição dos referidos radares e as especificações dos equipamentos”, menciona o Governo Regional.
O secretário regional de Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, citado no documento, afirma estar “satisfeito pelo anúncio do procedimento, recordando que há vários anos o Governo da região tem chamado a atenção para a importância dos equipamentos em causa, como forma de garantir maior operacionalidade ao Aeroporto da Madeira”.
“Quando se cancelam voos, os aviões são obrigados a divergir por causa dos ventos sujeitos aos limites impostos em 1964, isso gera incerteza às companhias e retira competitividade à infraestrutura que é a maior porta de entrada na região”, destaca o governante.
Eduardo Jesus conclui que “este tipo de radares está instalado noutros aeroportos do mundo e tem ajudado a otimizar as operações”, sendo isto “o que se pretende que aconteça na Madeira, o mais célere possível”.