José Luís Carneiro visitou hoje a Escola Prática de Polícia (EPP), em Torres Novas (Santarém), assistindo a treinos práticos, de simulação de ocorrências e de provas físicas, e a aulas, como a de simulação virtual de ocorrências, do 17.º curso de formação de agentes da PSP, frequentado por 946 jovens, 146 deles mulheres.
A visita serviu, ainda, para reconhecer a “grande qualidade na preparação para ameaças que são cada vez mais exigentes”, feita pelos professores da EPP, bem como para articular com a Câmara de Torres Novas a “cooperação” para a requalificação dos edifícios da escola e para “uma solução que complemente esta infraestrutura”, disse o ministro.
O presidente da Câmara de Torres Novas, Pedro Ferreira, disse à Lusa que o município prevê investir 700.000 euros no antigo colégio Andrade Corvo, pertença da diocese de Santarém, para permitir o alargamento da capacidade da EPP, em particular para acolher os cursos de chefes, aguardando apenas pela decisão do Governo.
Segundo José Luís Carneiro, o objetivo é contar com esta estrutura já para o curso de formação de 200 novos chefes, com início previsto para este ano.
Como outros objetivos prioritários, o ministro apontou o investimento na melhoria das condições de trabalho das forças de segurança, que considerou “indispensáveis para uma maior atratividade desta função de serviço público”, a construção e requalificação de esquadras, aquisição de equipamento de proteção individual e de mobilidade e a modernização tecnológica.
Por outro lado, disse, está previsto um investimento “muito significativo” em alojamento, quer requalificando edifícios já existentes, quer construindo novas habitações, no âmbito do conjunto de medidas para uma “forte atratividade das jovens gerações” e para a "qualificação e eficiência" das forças de segurança.
Para José Luís Carneiro, as forças de segurança são impulsionadoras de mobilidade social, pois muitos jovens encontram aqui não só a realização “do seu sonho”, como ouviu de vários formandos, oriundos de todo o país, com quem hoje conversou, como também “oportunidades de vida”.
“É essencial criar condições para que o possam fazer com muita dignidade” e “fazer com que se sintam bem nas forças de segurança”, declarou.
Ao curso que se iniciou em dezembro de 2021 e tem conclusão prevista para setembro próximo, seguir-se-á um outro, ainda este ano, para mais cerca de mil agentes e 200 chefes, adiantou.
Lusa