“O Instituto Português do Mar e da Atmosfera [IPMA] esteve presente na reunião e atualizou a projeção de seca tendo revisto em baixa o risco, isto é, a situação não é tão preocupante como era há uma semana”, disse à agência Lusa Tiago Oliveira.
Num encontro presidido pelo primeiro-ministro, António Costa, o Conselho de Coordenação da AGIF, do qual fazem parte as várias entidades envolvidas no sistema de gestão dos fogos rurais, esteve hoje reunido para preparar a próxima época de incêndios e fazer o balanço 2021.
No final da reunião, o presidente da AGIF sublinhou, em declarações à Lusa, que a chuva prevista para este mês de março vai permitir “dar alguma folga”.
“A campanha de incêndios vai depender muito da quantidade de chuva que vai ocorrer até ao final do mês de maio ou junho. Os receios que podia ser uma coisa muito difícil estão ultrapassados, mas não estão resolvidos, isto é, a perigosidade baixou, mas ainda existe”, afirmou.
Tiago Oliveira considerou que existia uma grande preocupação, tendo em conta os fogos e a área consumida nos dois primeiros meses do ano, mas a chuva prevista para março vai permitir recuperar “um pouco os níveis de água, humidade e água no solo”.
“Temos de estar atentos. Nesta reunião foi feito um ponto de situação, atendendo ao perfil e à dinâmica de um ano climatológico mais seco. Estamos a prepararmos para o pior, mas esperando sempre o melhor”, sustentou.
Na reunião de hoje as principais entidades do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR) apresentaram um conjunto de ações críticas e iniciativas prioritárias para preparação da próxima época de incêndios, tendo em conta a situação de seca que o país atravessa, os fogos dos dois primeiros meses do ano e as previsões meteorológicas apresentadas.