Em comunicado, o instituto do Porto adianta hoje que o projeto, intitulado TRIDENT, pretende “desenvolver um sistema confiável e transparente para avaliação contínua do impacto ambiental de atividades de prospeção e exploração no fundo do mar”.
Durante cinco anos, o projeto TRIDENT vai “desenvolver a capacidade de avaliação de impacto ambiental das atividades de prospeção subaquáticas”.
“Atualmente não existe, no mundo, qualquer mineração em mar profundo”, refere o instituto, salientando que o projeto vai avançar com o desenvolvimento de tecnologia para avaliar, minimizar e fiscalizar “qualquer ação de exploração que possa surgir no futuro”.
Citado no comunicado, o coordenador do projeto e investigador no INESC TEC, Eduardo Silva, salienta que as tecnologias e soluções a serem desenvolvidas vão “operar de forma autónoma em áreas remotas, muitas vezes com condições extremas, de modo a fornecer dados em tempo real que serão muito importantes em ações de fiscalização”.
No âmbito do projeto, que arranca no próximo ano, vai ser desenvolvida uma “infraestrutura dinâmica” para a navegação e comunicação, em tempo real, dos sistemas de mineração, bem como desenvolvido um laboratório móvel de alta tecnologia que possa ser transportado para “ambiente de operação real”.
O desenvolvimento de uma “estrutura de governança holística” para a exploração sustentável dos recursos oceânicos da Europa é também outra das missões do projeto.
O projeto, financiado em 16 milhões de euros, 12 dos quais pelo programa Horizonte Europa da Comissão Europeia, reúne 26 instituições de diferentes áreas (observação do mar, exploração subaquática, investigação e inovação) oriundas de 10 países.
Além do instituto do Porto, o projeto integra quatro instituições portuguesas, nomeadamente, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a Agência Regional para o Desenvolvimento da Investigação, Tecnologia e Inovação (ARDITI), a Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental e a Fórum Oceano.