O secretário da Saúde da Madeira diz que o programa de saúde oral implementado no arquipélago, que "foi copiado a nível nacional", "excedeu as expectativas para o qual foi criado".
Pedro Ramos falava no centro de saúde de Machico, na cerimónia que assinalou o início das consultas de medicina dentária, no âmbito do alargamento do programa "Madeira a sorrir", integrado no projeto de descentralização de saúde oral existente na Região.
"Esta é uma das iniciativas concretizadas: o alargamento do programa de saúde oral na Região Autónoma da Madeira, que tem vários anos de existência, que é diferente e por ser diferente foi copiado ao nível do Serviço Nacional de Saúde", disse o governante madeirense.
O responsável do executivo insular apontou que este programa "tem tido bons resultados na Madeira" e "excedeu as expectativas para o qual foi criado".
Segundo Pedro Ramos, estava previsto para abranger 100 escolas da Madeira e cerca de 6000 alunos, mas "desde outubro do ano passado" foram observadas e monitorizadas 7000 crianças que frequentam centena e meia de estabelecimentos de ensino público e privado na Região.
O programa é desenvolvido no centro de saúde do Bom Jesus (Funchal), no Porto Santo e no Porto Moniz.
"A descentralização do programa de saúde oral para Machico vai permitir que uma série de consultas que eram feitas no centro de saúde do Bom Jesus (a principal unidade do género no centro do Funchal), passem para Machico e, posteriormente, para Câmara de Lobos, o que permite serem observadas cerca de 7000 crianças nos respetivos concelhos", acrescentou.
Pedro Ramos referiu que no centro de saúde de Machico vão passar a ser observadas aproximadamente 3000 crianças, estando prevista numa nova fase do alargamento do programa ‘Madeira a sorrir’ ser abrangido o concelho de São Vicente.
"Isso permite gerir melhor os recursos humanos que temos", sublinhou.
O secretário também argumentou que "algumas das coisas que são necessárias resolver são questões organizacionais, que não implicam mais despesa, mas implica mais impacto na população e mais resultado no que diz respeito à promoção e prevenção da doença", vincando que é a este nível que o governo insular está a apostar.
"Porque a área hospitalar estamos a tentar controlar. Está bem desenvolvida, diferenciada e é extremamente onerosa", vincou Pedro Ramos, concluindo que este continuará a ser o cenário se "a montante não houver um investimento real e concreto na promoção da saúde e prevenção da doença".
LUSA