O presidente do Sindicato dos Professores da Madeira (SPM), Francisco Oliveira, afirmou hoje ter recebido a garantia do secretário da Educação da região de que "praticamente todos os professores estão colocados" no arquipélago.
"Dos professores do quadro, que são aqueles com os quais a Secretaria tem responsabilidades e não os pode mandar para o desemprego, porque seria violar a lei, foi-nos dada a garantia de que todos eles serão colocados", disse o dirigente sindical após uma reunião de duas horas entre elementos do SPM e o governante madeirense que tutela a Educação, Jorge Carvalho.
Francisco Oliveira acrescentou que, "dos 347 inicialmente em bolsa de substituição, estão praticamente todos colocados", vincando que deste encontro "levam a garantia" de que serão também resolvidos os casos daqueles que ainda não têm a situação definida.
"Há ainda 300 professores que serão contratados", apontou o responsável, mencionando que, no último ano, se registou uma redução de 6% no número de professores no ativo na região, estando perspetivado o mesmo decréscimo no corrente ano letivo.
O sindicalista reconheceu a existência de alguns problemas no processo de colocação de professores no arquipélago, uma situação que "teve a ver com a calendarização dos concursos, muito tardios", opinando que "nenhuma professor deveria ter ido de férias preocupado com concursos, que começaram a 02 de agosto".
"Outro problema é criação de bolsa de substituições, que avançou contra vontade dos sindicatos", adiantou.
Outro assunto em foco nesta reunião foi a questão da fusão das escolas, considerando o SPM que "a tutela não pode encarar o encerramento ou a fusão como solução única e milagrosa", defendendo que esta medida, considerada "inevitável e de proteção das comunidades educativas, deve ser excecional e concretizada apenas quando esgotadas outras possibilidades construtivas que contribuam para o desenvolvimento e valorização das populações".
O SPM também manifestou o seu regozijo pelo facto dos 60 professores do Conservatório das Artes da Madeira que tinham contrato privado transitarem para a função pública.
C/Lusa