Reunidos em plenário, na Sede do Sindicato de Professores da Madeira (SPM), os docentes contratados estão apreensivos perante o ano letivo que se inicia em setembro, por depararem–se, “neste momento, com a difícil situação de verem terminado mais um ano letivo sem saberem se poderão, no próximo ano, continuar a exercer a profissão que escolheram”. Já “contabilizam mais de dez contratos anuais na RAM e são tratados como descartáveis, como um peso económico de que as finanças se tentam livrar, como se o seu contributo para a formação de sucessivas gerações de jovens e crianças não tivesse qualquer valor. É caso para questionar a tutela sobre o que acontecerá à educação na RAM se estes docentes saírem do ensino”, refere o manifesto tornado público pelo SPM.
Em comunicado dizem que o “próximo ano trará instabilidade também para os professores do quadro, com medidas penalizadoras, nomeadamente a reserva de recrutamento, a substituição das anteriores zonas pedagógicas pelas zonas pedagógica 1 e 2, a possibilidade de se completar horário em mais de uma escola, a promoção das mudanças de grupo sem concurso, as fusões e as extinções de escolas, entre outras”.
Além das preocupações com o aumento do desemprego na classe, os docentes estão ainda apreensivos com a publicação da lista de colocação relativa à contratação inicial, prevista para 14 de setembro. “Mais uma vez, os docentes contratados terão de viver sem o vencimento de setembro e com “o coração nas mãos” à espera de uma colocação que poderá não chegar”, refere o manifesto.
À Secretaria Regional da Educação deixam claro que “não houve uma diminuição de alunos” e que por isso não aceitam que esta seja uma “justificação para que haja uma redução de docentes colocados nas escolas”.
Os docentes contratados esperam “que não sejam criados estratagemas para que o seu vínculo seja novamente quebrado; que a primeira lista de colocações, para além de sair antes das aulas se iniciarem, corresponda às verdadeiras necessidades das escolas e dos alunos; e querem ser tratados com respeito pela tutela.