A entronização do príncipe Alberto II do Mónaco pela Confraria do Vinho Madeira, na sexta-feira, 21 de setembro, é considerada pelas autoridades regionais como um passo importante na valorização da imagem deste produto.
"É mais uma ação de promoção e é também uma chamada de atenção para o público em geral, que quando vê figuras como esta a apreciar o vinho Madeira passa também a ter curiosidade pelo produto", disse a presidente do Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da região autónoma, Paula Jardim.
A responsável indicou que a entronização de Alberto II decorre a convite do presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, e está agendada para as 18:00 horas, na sede do instituto, no Funchal, coincidindo também com um dos períodos mais intensos da época das vindimas.
Desde o final de agosto, as 16 empresas que produzem vinho Madeira já receberam 1.710 toneladas de uvas, provenientes de 756 viticultores, num total de 2.040 que estão a vindimar este ano.
"A produção está um pouco abaixo do ano passado, que foi um ano excecional", disse Paula Jardim, indicando que em 2017 foram recebidas 4.600 toneladas de uvas, ao passo que as estimativas apontam para um total de 3.600 toneladas em 2018.
As uvas, maioritariamente da casta Tinta Negra, são, no entanto, de "excelente qualidade" e apresentam um grau médio de 9,5.
"Tudo está a correr dentro da normalidade e, até ao momento, não houve qualquer rejeição por parte das empresas", sublinhou, lembrando que os viticultores madeirenses se distribuem por duas grandes regiões: o concelho de Câmara de Lobos (na zona oeste da costa sul) e de São Vicente (na costa norte).
Com a entronização do príncipe Alberto II do Mónaco, a Confraria do Vinho Madeira, instituição criada em 1985, enriquece a galaria de confrades, composta por cerca de 200 personalidades de diversas áreas socioculturais, económicas e políticas, e simultaneamente reforça a imagem de um produto emblemático ao nível internacional.
C/LUSA