“Nos últimos dias, sobrevoamos os terroristas com o apoio da nossa Força Aérea, dos nossos ‘drones’ [aeronaves não tripuladas]. Se Deus quiser, vamos eliminá-los em breve com os nossos soldados, armas e tanques”, afirmou Erdogan, ao inaugurar uma barragem no Mar Negro, no norte do país.
No domingo, a Força Aérea turca lançou uma série de ataques contra posições curdas no norte da Síria e do Iraque, matando pelo menos 37 pessoas, de acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).
Hoje, o ministro da Defesa da Turquia, Hukusi Akar, reivindicou que os últimos bombardeamentos turcos deixaram “fora de combate” 184 alegados guerrilheiros curdos no norte da Síria e do Iraque, enquanto as forças turcas mantêm ataques de artilharia contra cidades no norte do território sírio.
“A nossa luta vai continuar até que o último terrorista seja neutralizado”, disse Akar.
Na linguagem militar turca, “neutralizados” significa que o inimigo ficou fora de combate, morreu ou foi capturado.
Hukusi Akar disse que o balanço provisório da operação iniciada no passado fim de semana foi comunicado pelos comandantes do Exército envolvidos nos combates.
Os ataques têm sido dirigidos contra a milícia Unidade de Proteção Popular (YPG), na Síria, e contra alegadas posições do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), no Iraque.
O PKK e os seus aliados das YPG são acusados por Ancara de terem ordenado o ataque que, a 13 deste mês, matou seis pessoas e feriu outras 81 em Istambul.
Ambos negaram qualquer envolvimento no ataque.
“Respondemos a este ataque cruel, que custou a vida de seis pessoas inocentes, incluindo crianças, com a erradicação de organizações terroristas no Iraque e no norte da Síria”, avisou Erdogan.
“Sabemos quem arma, quem incentiva os terroristas", insistiu, sem avançar pormenores.
Erdogan já tinha reiterado segunda-feira as ameaças de intervenção terrestre no norte da Síria, de onde partiram os disparos de foguetes que deixaram dois mortos e quase 30 feridos em território turco.