"A destruição afetou tantos edifícios (…) que, infelizmente, não conseguimos realizar as nossas intervenções com a rapidez esperada", admitiu o chefe de Estado turco, durante uma visita à cidade de Adiyaman, uma das mais afetadas pelo terramoto.
Na quarta-feira, Erdogan já tinha reconhecido "lacunas" na resposta ao sismo, acrescentando que é "impossível estar preparado para um desastre desta dimensão".
O Presidente turco – que está no poder há 20 anos e que tenciona recandidatar-se nas eleições marcadas para 14 de maio – tem sido duramente criticado pelos sobreviventes, que o acusam na lentidão dos trabalhos de socorro.
Em Adiyaman, uma das vítimas do sismo, Mehmet Yildirim, disse que não tinha visto ninguém no local do desastre até 34 horas após o primeiro abalo, acusando as autoridades de terem deixado a população "por conta própria".
Muitas pessoas lamentam a falta de meios materiais, como equipamentos de elevação, e meios humanos, como socorristas.
“Durante este período, pode ter havido falhas, problemas técnicos, mas estamos ao lado da nossa população com todos os nossos meios”, assegurou Erdogan, em resposta às críticas, lembrando que o seu Governo tinha conseguido organizar aquela que é “provavelmente a maior equipa de salvamento do mundo”, com 141.000 socorristas.
Pelo menos 19.000 corpos foram encontrados nos escombros na Turquia durante os primeiros cinco dias de buscas, naquele que já é o terremoto mais mortal a afetar o país desde 1939, quando 33.000 pessoas morreram.
Lusa