"Amanhã teremos uma paz a construir. É preciso nunca esquecer isso. Teremos de fazê-lo com a Ucrânia e com a Rússia em redor da mesa (…) Mas isso nunca será feito com a exclusão ou com a humilhação de qualquer uma das partes”, disse Macron, durante uma conferência de imprensa no Parlamento Europeu.
Macron também argumentou que, “quando a paz voltar ao solo europeu, teremos de construir novos equilíbrios de segurança" sem "nunca ceder à tentação ou humilhação, nem ao espírito de vingança".
"Porque já devastaram demais os caminhos da paz no passado", acrescentou Macron, traçando o paralelo com o Tratado de Versalhes concluído após a Primeira Guerra Mundial, marcado pela "humilhação" da Alemanha.
Até lá, os europeus devem "fazer tudo para que a Ucrânia possa resistir”, mas também devem "preservar a paz no resto do continente europeu e evitar qualquer escalada" de conflito com Moscovo, defendeu o Presidente francês.
Para Macron, a celebração do Dia da Vitória em Moscovo expressou “o desejo de uma demonstração de força, de intimidação”, através de um “discurso resolutamente bélico” do Presidente russo, Vladimir Putin.
“Aqui, em Estrasburgo, houve a associação de cidadãos, de deputados nacionais e europeus” para “pensar o futuro” do continente europeu, concluiu Macron.