Marcelo Rebelo de Sousa tomou posse como chefe de Estado em 09 de março de 2016 e evitou ir à Região Autónoma dos Açores nesse ano de eleições regionais, que lhe coube convocar e que se realizaram em 16 de outubro.
Cumpridos mais de três meses em funções, iniciou a sua primeira visita à Madeira, em 30 de junho de 2016, precisamente no dia seguinte a ter marcado a data das eleições para a Assembleia Legislativa Regional dos Açores.
Nessa visita, dividida entre as ilhas da Madeira e de Porto Santo, até 02 de julho, discursou numa sessão solene no parlamento madeirense e almoçou com o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque.
Miguel Albuquerque tinha assumido funções governativas há menos de um ano, em 20 de abril de 2015, depois de perto de quatro décadas com Alberto João Jardim à frente do Governo Regional e do PSD da Madeira.
No novo ciclo após a saída de Jardim do poder, o PSD liderado por Miguel Albuquerque venceu as eleições antecipadas de 29 de março de 2015 com 44% dos votos, conseguindo a sua 11.ª maioria absoluta no parlamento madeirense, com 24 lugares em 47.
Marcelo Rebelo de Sousa voltaria à Região Autónoma da Madeira outras três vezes antes de se deslocar aos Açores, o que só aconteceu em 21 de maio de 2017, para a procissão do Senhor Santo Cristo dos Milagres, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.
Em 10 de agosto de 2016, regressado do Brasil, decidiu ir ao Funchal, assolado por incêndios, onde chegou de helicóptero, porque o avião Falcon onde viajava foi forçado a aterrar em Porto Santo devido aos ventos fortes.
No final desse mês, o Presidente da República fez nova visita à Região Autónoma da Madeira, entre 28 e 30 de agosto, desta vez incluindo as ilhas Desertas e Selvagens.
Em 2017, foi pela quarta vez à Madeira, reunindo-se no dia 28 de março com o primeiro-ministro, António Costa, no Funchal, antes de assistir a um jogo de preparação da seleção nacional. No dia 28 de manhã, marcou presença na cerimónia de atribuição do nome do futebolista Cristiano Ronaldo ao aeroporto da Madeira.
Em 21 de maio, foi aos Açores exclusivamente para as festas do Senhor Santo Cristo, e no mês seguinte, entre 01 e 06 de junho, realizou a sua primeira visita oficial a esta região autónoma, com passagem por sete das nove ilhas do arquipélago.
Entretanto, o novo Governo dos Açores tinha tomado posse, em 04 de novembro de 2016, na sequência de eleições regionais que o PS ganhou com 46% dos votos e maioria absoluta no parlamento regional, com 30 deputados em 57, a quinta consecutiva para os socialistas e a segunda sob liderança de Vasco Cordeiro.
Em seis dias, Marcelo Rebelo de Sousa visitou as ilhas do Corvo, Flores, Terceira, Pico, Graciosa, Faial e São Jorge, e os seus 12 concelhos, sempre acompanhado pelo presidente do Governo Regional.
Esta visita oficial aos Açores foi marcada propositadamente para que o Presidente da República estivesse presente na Sessão Solene do Dia da Região, 05 de junho, no parlamento açoriano, na ilha do Faial.
No verão de 2017, no dia 15 de agosto, o chefe de Estado voltou ao Funchal, onde a queda de uma árvore de grande porte durante uma festa em honra da padroeira da Madeira tinha provocado vítimas mortais e dezenas de feridos.
Entre 25 e 28 de outubro, foi pela terceira vez aos Açores, às ilhas do grupo oriental, São Miguel e Santa Maria, para completar a visita oficial de junho, e passou novamente pela base das Lajes, na ilha Terceira.
Regressaria aos Açores em 2018, entre 08 e 10 de junho, para as comemorações do Dia de Portugal, que começaram em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, e prosseguiram junto de emigrantes portugueses e lusodescendentes na Costa Leste dos Estados Unidos da América.
Nesse ano, esteve nas celebrações dos 600 anos do descobrimento das ilhas da Madeira e do Porto Santo, entre 01 e 02 de novembro, ocasião que aproveitou para ouvir os partidos representados no parlamento madeirense sobre a data das eleições regionais de 2019.
A sua sétima deslocação à Região Autónoma da Madeira aconteceu em 22 de dezembro do ano passado, para um jantar do Rotary Clube do Funchal.
Por essa altura, estava anunciado o calendário eleitoral de 2019: eleições regionais na Madeira no dia 22 de setembro e legislativas em 06 de outubro, depois de eleições para o Parlamento Europeu em 26 de maio.
Hoje, o Presidente da República anunciou que as comemorações do 10 de Junho em 2020 vão realizar-se na Região Autónoma da Madeira e que já comunicou essa decisão aos presidentes do Governo e da Assembleia regionais.
Na nota em que divulgou esta decisão, lê-se que, "para 2019, o Presidente da República decidiu manter a orientação, anterior ao seu mandato, de não realizar tais comemorações numa região autónoma em ano de eleições regionais".
Neste ano, o 10 de Junho será celebrado entre Portalegre e Cabo Verde.
LUSA