A informação de que os titulares de órgãos de soberania vão começar a ser vacinados a partir da próxima semana foi divulgada na segunda-feira, no dia seguinte às eleições presidenciais em que Marcelo Rebelo de Sousa foi reeleito Presidente da República.
Hoje, no final de uma visita ao Hospital das Forças Armadas, em Lisboa, em conjunto com o primeiro-ministro, António Costa, e com a ministra da Saúde, Marta Temido, o chefe de Estado foi questionado sobre este assunto.
"Eu só posso falar por aquilo que o senhor primeiro-ministro me disse e me enviou como carta. O senhor primeiro-ministro elaborou um despacho em que nomeadamente solicitava aos titulares dos órgãos de soberania, os principais responsáveis dos órgãos de soberania, que manifestassem a sua adesão à ideia de uma vacinação desses titulares, de acordo com prioridades que cada órgão de soberania definiria", respondeu.
Marcelo Rebelo de Sousa assinalou que, embora o Presidente da República seja "um órgão singular", existem "órgãos que estão relacionados com a Presidência da República: é o caso do Conselho de Estado, é o caso dos representantes da República nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira".
"Isso foi solicitado pelo senhor primeiro-ministro, os órgãos definirão as prioridades e depois será definido o momento da vacinação. É prematuro da parte mesmo do Presidente da República estar a antecipar datas sobre uma matéria que é do foro das autoridades sanitárias", acrescentou.
Interrogado se lhe foi comunicado por que motivo foram alterados os critérios do plano de vacinação, o Presidente da República declarou: "Isso depois a senhora ministra da Saúde, em tempo adequado, no local adequado, esclarecerá essa matéria".