O Presidente da República estará entre domingo e terça-feira na Região Autónoma da Madeira, incluindo nas ilhas Desertas e nas Selvagens, uma deslocação marcada pelos incêndios e com o chefe de Estado a inteirar-se da reconstrução da região.
Na terceira deslocação à Madeira em cinco meses e meio de mandato, Marcelo Rebelo de Sousa chega ao final do dia de domingo ao Funchal para uma reunião no Regimento de Guarnição nº3 – onde chegaram a estar 600 pessoas acolhidas provisoriamente durante os incêndios – com todos os envolvidos na execução do plano de emergência.
O chefe de Estado visitará ainda no domingo zonas de reconstrução e de realojamento.
Só no Funchal os incêndios queimaram cerca de 22% da área daquele concelho da ilha da Madeira, estimando a autarquia que os prejuízos tenham sido na ordem dos 61 milhões de euros.
Na segunda-feira, o Presidente da República visitará a vila da Calheta, outra das zonas afetadas pelos fogos.
Marcelo Rebelo de Sousa partirá depois para o Funchal, de onde embarcará para uma visita às ilhas Desertas a bordo do Navio da República Portuguesa (NRP) "D. Francisco de Almeida".
No regresso, haverá um briefing sobre a proposta nacional de extensão da plataforma continental.
Após a visita às Desertas, Marcelo Rebelo de Sousa regressa ao Funchal onde participará num jantar solidário a favor dos bombeiros da Madeira.
A última incursão do chefe de Estado na Região Autónoma da Madeira será às ilhas Selvagens em voo militar, já na terça-feira.
Na Selvagem Grande, os responsáveis do Parque Natural da Madeira apresentam as atividades desenvolvidas naquela reserva natural e o Presidente efetuará uma visita às instalações da polícia marítima.
As Selvagens foram visitadas pelo anterior Presidente da República, em julho de 2013, tendo Cavaco Silva sido o primeiro chefe de Estado a pernoitar naquele arquipélago. Os anteriores chefes de Estado Mário Soares e Jorge Sampaio também se deslocaram às Selvagens mas permaneceram em terra apenas um par de horas.
Nos últimos anos, as ilhas motivaram uma disputa entre Portugal e Espanha devido aos limites da plataforma continental, assunto que está a ser tratado ao nível das Nações Unidas.
O representante da República na Madeira, Irineu Barreto, disse há um ano à Lusa que "os problemas que existem com as Selvagens são de limites da plataforma continental".
O arquipélago das Selvagens é o ponto mais a sul do território português e é constituído pelas ilhas Selvagem Grande, Selvagem Pequena e outros ilhéus que fazem parte da Região Autónoma da Madeira.
As Selvagens distam 163 milhas náuticas (262,3 quilómetros) do arquipélago da Madeira e 82 milhas náuticas (131,9 quilómetros) das ilhas Canárias (Espanha).
C/Lusa