“A EMA encontrou uma possível relação [entre a vacina da AstraZeneca] e casos muito raros de coágulos de sangue incomuns com plaquetas sanguíneas baixas”, mas “confirma que o risco-benefício global permanece positivo”, informa o regulador da União Europeia (UE) em comunicado.
Em concreto, o comité de segurança da EMA “concluiu hoje que coágulos de sangue invulgares com plaquetas sanguíneas baixas devem ser listados como efeitos secundários muito raros da Vaxzevria”, nova denominação da vacina da AstraZeneca, tendo em conta “todas as provas atualmente disponíveis”, acrescenta o regulador, numa alusão à investigação realizada nas últimas semanas.
Notando que “a covid-19 está associada a um risco de hospitalização e morte”, a agência europeia adianta que “a combinação notificada de coágulos e plaquetas sanguíneas baixas é muito rara”, pelo que “os benefícios globais da vacina” da AstraZeneca “superam os riscos de efeitos secundários”.
Segundo a EMA, foram registados 62 casos de trombose do seio venoso cerebral e 24 casos de trombose venosa esplâncnica até 22 de março, bem como 18 mortes, num universo de cerca de 25 milhões de vacinados na UE, Espaço Económico Europeu e Reino Unido.
A AstraZeneca tem estado envolta em polémica devido ao surgimento de coágulos sanguíneos em vacinados com a sua vacina contra a covid-19, entretanto denominada Vaxzevria, situação que levou alguns países europeus a suspender o seu uso e que só foi ultrapassada depois de a EMA ter garantido, em meados de março, que este era um fármaco seguro e eficaz.
O regulador europeu tem desde então vindo a investigar a relação entre a vacina e os episódios de aparecimento de coágulos sanguíneos e da morte de pessoas inoculadas com a vacina Vaxzevria.
C/Lusa