Os trabalhadores da Portway iniciaram em 01 de junho uma greve, que se vai prolongar até 31 de dezembro, exigindo a adesão ao Acordo da Empresa (AE), depois de o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes de Portugal (STTAMP) ter lamentado a “irredutibilidade” da empresa de assistência em terra nos aeroportos.
Em declarações à Lusa, Catarina Silva, do STTAMP, explicou que o sindicato foi hoje notificado da providência cautelar, onde, disse, a empresa alega insuficiência de serviços mínimos durante a greve.
Assim, uma vez que a providência cautelar foi apenas parcialmente aceite, a greve não está suspensa e ficou marcada para 13 de junho uma audiência, no Palácio da Justiça do Porto, onde será decidida a manutenção ou não da paralisação de trabalhadores de assistência em terra em aeroportos.
Em 06 de maio, num comunicado enviado à Lusa, que dava conta da convocação da greve, o STTAMP indicou que, no seguimento dos pedidos de adesão ao AE, que foram recusados pela administração da Portway, solicitou a intervenção da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) para uma tentativa de reconciliação.
Segundo o STTAMP, ainda em sede de mediação na DGERT, a Portway começou por apresentar serviços mínimos que o sindicato entendeu “exagerados”, mas depois acabou por não pedir serviços mínimos, alegando “fraca representatividade do sindicato na empresa”.
Para Catarina Silva, a medida levada a cabo pela empresa representa “um atentado à liberdade do direito à greve dos trabalhadores nunca antes visto”, que “roça a má-fé”.
Contactada pela Lusa, fonte oficial da Portway esclareceu que “a providência cautelar interposta pela Portway deve-se à desproporcionalidade da greve, de sete meses, numa atividade com tanto impacto na economia e na vida das pessoas”.
A Portway opera nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro, Funchal e Beja e, segundo a sua página na internet, tem mais de 80 companhias aéreas como clientes.
Lusa