O crime foi cometido em 2016, mas a pandemia de covid-19 causou atrasos no processo de extradição, pelo que o julgamento só foi concluído na segunda-feira no Tribunal da Coroa de Leicester.
Mauro de Oliveira, de 30 anos, foi condenado a sete anos de prisão por dois crimes de violação e agressão sexual a uma mulher que conheceu numa discoteca naquela cidade inglesa, onde o português vivia na altura.
Foi ainda condenado a mais dois meses de prisão por ter faltado a uma audiência no tribunal em 2017 e fugido para Portugal.
Um mandado de detenção europeu foi emitido em 2019 e a autorização de extradição dada pela justiça portuguesa em abril de 2020, mas devido à pandemia, só foi entregue às autoridades britânicas em junho de 2021.
No julgamento no Reino Unido, Oliveira rejeitou responsabilidade, mas foi considerado culpado de ambos os crimes.
O sargento-detetive Jamie Petchell, que liderou a investigação policial, disse que o português "tentou tudo ao seu alcance para evitar a captura” e reconheceu que “este não foi de forma alguma um processo fácil, com muitos obstáculos ao longo do caminho”.
“Compreensivelmente, dada a quantidade de tempo que decorreu desde os crimes cometidos até ao julgamento (quase seis anos), este foi um momento de muita ansiedade para a vítima” devido à incerteza sobre a extradição, referiu, num comunicado publicado na quarta-feira.
Lusa