Trata-se de um investimento da empresa Holigen (propriedade da sociedade canadiana Flwr), através da sua subsidiária portuguesa RPK Biopharma, “que começou a ser instalado no ano passado” na localidade de Montes Velhos, explicou o município.
Em comunicado enviado à Lusa, o autarquia alentejana indicou que “são cerca de 45 mil pés [de canábis] espalhados, atualmente, ao longo de nove hectares”.
“Acontece que, em 2021, a produção irá aumentar exponencialmente, uma vez que irá ser alargada a 40 hectares”, acrescentou, precisando que o cultivo é realizado “preferencialmente” ao ar livre.
A autarquia revelou que este é um projeto “que pretende ir do campo à farmácia”, sendo que, já no próximo mês de outubro, “dever-se-á iniciar a colheita, recorrendo-se aos mais sofisticados meios tecnológicos”.
“Este é um projeto importante, não só para o concelho, mas para a região, uma vez que se trata de um investimento pioneiro e com enorme potencial de desenvolvimento e de disseminação”, vincou.
O projeto de produção de canábis para fins medicinais no concelho de Aljustrel, que além da área de plantação inclui estufas e uma unidade de transformação, foi anunciado publicamente pela Holigen em novembro de 2018, com a empresa a estimar então um investimento total de cerca de 45 milhões de euros e uma produção anual de 700 toneladas.
A par da área agrícola e produtiva em Montes Velhos, a Holigen conta também com instalações em Sintra.
Nesta primeira fase do projeto perspetiva-se a criação de 65 postos de trabalho, mas a Holigen prevê um total de 200 colaboradores quando a produção estiver em pleno.
O projeto de plantação de canábis para fins medicinais da RPK Biopharma no concelho de Aljustrel recebeu autorização do Infarmed em julho de 2019.
C/Lusa