Questionada hoje numa conferência de imprensa sobre o processo de vacinação contra a gripe e a Covid-19, sobre se Portugal ia adquirir estes medicamentos, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, afirmou que sim.
“O Infarmed é a entidade primeiramente responsável, mas sempre com o nosso apoio, e já temos os processos concluídos para a aquisição centralizada, e conseguimos também ter acesso por via de aquisição não centralizada, via só do nosso país”, disse Graça Freitas.
Segundo Graça Freitas, Portugal “acompanha sempre e muito” a questão dos medicamentos no âmbito de “dois mecanismos importantíssimos, os mecanismos europeus”, mas também a capacidade que cada país tem de poder adquirir esses medicamentos.
Relativamente aos antivirais que estão ainda em estudo também pela EMA, a diretora-geral da Saúde adiantou que a Comissão Europeia já começou o processo para a aquisição centralizada.
O processo começa sempre com a previsão de necessidades, disse, explicando que cada país tem de fazer uma estimativa do que vai necessitar para a sua população, sendo que Portugal está nessa fase.
“A DGS está a fazer as estimativas e depois com o Infarmed continuaremos o processo”, disse, sublinhando que Portugal está em “todas as linhagens para a aquisição” de medicamentos.
“A nossa missão é garantir que quando há uma vacina ou medicamento eficaz a população residente em Portugal tem acesso a esse medicamento ou a essa vacina”, rematou Graça Freitas.
Os dois medicamentos aprovados são o Ronapreve (casirivimab/imdevimab) e o Regkirona (regdanvimab), o primeiro da farmacêutica Roche, Suíça, e o segundo da Celltrion Healthcare, da Coreia do Sul.
Para o Ronapreve a EMA recomendou a autorização para o tratamento da Covid-19 em adultos e adolescentes (a partir dos 12 anos e com pelo menos 40 quilos), que não necessitem de oxigénio suplementar e que corram um risco acrescido de a sua doença se tornar grave.
O medicamento também pode ser utilizado para prevenir a Covid-19 em pessoas com mais de 12 anos, diz a EMA na sua página oficial.
Quanto ao Regkirona, a EMA recomendou também autorizar o medicamento para o tratamento de adultos com Covid-19 que não necessitem de oxigénio suplementar e que estão igualmente em risco acrescido de a sua doença se tornar grave.
A EMA diz ter avaliado dados de estudos que mostram que o tratamento com os dois medicamentos reduz significativamente as hospitalizações e as mortes em doentes com Covid-19.