Saltar para o conteúdo
    • Notícias
    • Desporto
    • Televisão
    • Rádio
    • RTP Play
    • RTP Palco
    • Zigzag Play
    • RTP Ensina
    • RTP Arquivos
RTP Madeira
  • Notícias
  • Desporto
  • Especiais
  • Programas
  • Programação
  • + RTP Madeira
    Moradas e Telefones Frequências Redes de Satélites

NO AR
Imagem de Portugal entre o risco de uma terceira vaga
Sociedade 31 mar, 2021, 11:00

Portugal entre o risco de uma terceira vaga

Portugal dá na quinta-feira novo passo no processo de desconfinamento, quando a ameaça da terceira vaga da pandemia de Covid-19 assola a Europa Central e o grau de imunização da população é uma incógnita, avisam especialistas consultados pela Lusa.

“Enquanto não se tiver uma cobertura vacinal dos grupos de risco de 90% a 100%, há sempre o perigo de haver vagas que possam causar internamentos e morte, porque a maior parte dos países europeus ainda não tem imunidade populacional e isso quer dizer que o vírus pode ter propagação pandémica e causar vagas”, afirma o virologista Pedro Simas, que nota que a transformação de uma disseminação pandémica em endémica só é possível pela imunidade de grupo, em torno dos 60% a 70% da população.

De acordo com o investigador do Instituto de Medicina Molecular (IMM), uma nova vaga em Portugal não teria, “em princípio”, o mesmo impacto, devido ao processo de vacinação contra a Covid-19 em curso, que tem incidido sobretudo na proteção dos grupos de risco e nos mais vulneráveis ao vírus SARS-CoV-2, sem, porém, deixar de desmistificar a ideia de vaga.

“O vírus está disseminado por todo o lado e as vagas nos diferentes países refletem as medidas de mitigação e os estatutos de imunidade populacional que têm, pura e simplesmente. Não são ventos que progridam de Este para Oeste ou de Oeste para Este. A partir do momento em que o mundo inteiro é pandémico, a dinâmica da disseminação do vírus em cada país não está dependente do vizinho, mas sim do comportamento de cada país em termos de medidas de mitigação e programa de vacinação”, frisa Pedro Simas.

Os diferentes ritmos da pandemia evidenciam, sobretudo, o posicionamento de países como Portugal, Espanha e Reino Unido a aliviarem neste momento as suas restrições, enquanto Itália, Alemanha e França, por exemplo, surgem em contraciclo, com o receio de uma terceira vaga perante o aumento de casos, internamentos e óbitos e novos confinamentos.

O especialista em Saúde Internacional Tiago Correia considera que este é um “momento diferente na pandemia”, com altos e baixos na expressão da Covid-19 no continente europeu, embora relembre que tal já aconteceu na primeira e na segunda vagas. No entanto, refuta a ideia de que Portugal tenha passado, no início do ano, primeiro do que o centro da Europa por uma terceira vaga.

“Não podemos chamar uma terceira vaga ao que aconteceu em janeiro. Nós vivemos um recrudescimento da segunda vaga e resolvemo-lo agora. Desta vez, não foi de Oeste para Leste, porque não vivemos uma terceira vaga, vivemos uma segunda vaga longa que se arrastou. Estamos a enfrentar o começo de uma terceira vaga na Europa e, portanto, isso significa que se nada se fizer, ela chegará a Portugal”, alerta.

Para o professor e investigador do Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa (IHMT), o cenário de uma vaga similar às duas anteriores não é tão provável, em virtude da vacinação e da imunização natural pela infeção, que, no total, atinge já cerca de dois milhões de pessoas (aproximadamente 20% da população portuguesa), o que representa agora “um ‘timing’ favorável” para o país nesta fase.

“Aprendemos com o que aconteceu na segunda vaga. Mas, se acho possível que caminhemos, segundo a matriz de risco, para o ‘amarelo’, acho que sim e com uma certa naturalidade”, refere, em alusão à matriz do governo para a avaliação do plano de desconfinamento. “Um eventual aumento a acontecer será com um ritmo mais lento por quatro motivos: vacinação, imunidade natural, resposta política e o clima”, reitera.

Tiago Correia – que recorda “o que, politicamente, não se podia ter feito no Natal e se fez” em Portugal -, considera que a Europa está ‘condenada’ a repetir estes “sobe e desce” na gestão da pandemia, até que se alcance a imunidade de grupo a nível continental, por não ter características geográficas propícias a uma “política de casos zero”, apenas viável sem a existência de fronteiras terrestres, além de questões de natureza política e social.

“A Europa tem esta dupla condição: é um conjunto de muitos países, com fronteiras terrestres, livre circulação e ligações políticas e económicas entre si; e tem inscrito nos seus códigos genéticos políticos o respeito por liberdades individuais. E estes dois aspetos fazem que na Europa não haja possibilidade de gerir isto a não ser através de ‘sobe e desce’. O que muda é o ritmo e a intensidade do crescimento da subida nos vários países”, explica.

Pedro Simas antevê “um período de transição” para Portugal, suspenso entre o caminho para a imunidade de grupo e a cobertura vacinal dos grupos de risco, no qual seja possível “desconfinar tolerando um nível mais elevado de disseminação comunitária”, devido ao “custo muito grande” do confinamento para o país.

Questionado ainda sobre a contenção das variantes de preocupação do vírus SARS-CoV-2, como as que foram identificadas no Reino Unido, na África do Sul e no Brasil, o virologista mostra-se sereno perante a possibilidade de uma nova variante se tornar dominante em Portugal – depois de a variante britânica já ter conquistado a prevalência ao nível de novos casos – e reforça a perspetiva de um futuro moldado pela vacinação.

“Até ao final de abril, com a quantidade de vacinas que vão chegar a Portugal, não há razão nenhuma para não executarmos a 100% a primeira fase do plano de vacinação e irmos um pouco além disso. Portanto, antevejo maio e junho muito diferentes em Portugal”, conclui.

Tiago Correia defende que o controlo das variantes do vírus pela restrição de fronteiras e de tráfego aéreo com os países associados às variantes é uma visão “quase infantil”, ainda que não conteste a medida, já que pode atrasar a disseminação em território nacional.

“Não se controla um vírus por essa via. Restringimos o acesso da África do Sul, mas há fluxos fortíssimos entre África do Sul e Moçambique, portanto, por via de Moçambique, pode haver a entrada em Portugal da variante da África do Sul”, observa.

“Tem de haver restrição na circulação direta entre estes países, mas, além disso, tem de se reconhecer que isso não vai travar a circulação das variantes e que temos de manter a sequenciação genómica muito acentuada para perceber o que está a acontecer”, conclui Tiago Correia.

C/Lusa 

Pode também gostar

Imagem de easyJet deixa centenas de passageiros em terra

easyJet deixa centenas de passageiros em terra

Imagem de Partidos na rua a tentar convencer os eleitores (áudio)

Partidos na rua a tentar convencer os eleitores (áudio)

Imagem de Quatro novos nomes suspeitos de abusos de menores na Igreja da Madeira

Quatro novos nomes suspeitos de abusos de menores na Igreja da Madeira

Imagem de Reabertura do ano judicial começa com 12.300 processos pendentes (áudio)

Reabertura do ano judicial começa com 12.300 processos pendentes (áudio)

Imagem de CAB derrota Sangalhos e alimenta sonho da manutenção (vídeo)

CAB derrota Sangalhos e alimenta sonho da manutenção (vídeo)

Imagem de Produtores de maçã falam num ano desafiante (vídeo)

Produtores de maçã falam num ano desafiante (vídeo)

Imagem de Rafik Guitane chamado pelo Stade de Reims

Rafik Guitane chamado pelo Stade de Reims

Imagem de Emanuel Câmara quer uma distribuição justa das receitas da taxa turística (áudio)

Emanuel Câmara quer uma distribuição justa das receitas da taxa turística (áudio)

Imagem de Programa Reequilibrar pode chegar a 400 famílias (vídeo)

Programa Reequilibrar pode chegar a 400 famílias (vídeo)

Imagem de Petição pelo cancelamento do Brexit ultrapassa seis milhões de assinaturas

Petição pelo cancelamento do Brexit ultrapassa seis milhões de assinaturas

PUB
RTP Madeira

Siga-nos nas redes sociais

Siga-nos nas redes sociais

  • Aceder ao Facebook da RTP Madeira
  • Aceder ao Instagram da RTP Madeira

Instale a aplicação RTP Play

  • Descarregar a aplicação RTP Play da Apple Store
  • Descarregar a aplicação RTP Play do Google Play
  • Redes de Satélites
  • Frequências
  • Moradas e Telefones
Logo RTP RTP
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Youtube
  • flickr
    • NOTÍCIAS
    • DESPORTO
    • TELEVISÃO
    • RÁDIO
    • RTP ARQUIVOS
    • RTP Ensina
    • RTP PLAY
      • EM DIRETO
      • REVER PROGRAMAS
    • CONCURSOS
      • Perguntas frequentes
      • Contactos
    • CONTACTOS
    • Provedora do Telespectador
    • Provedora do Ouvinte
    • ACESSIBILIDADES
    • Satélites
    • A EMPRESA
    • CONSELHO GERAL INDEPENDENTE
    • CONSELHO DE OPINIÃO
    • CONTRATO DE CONCESSÃO DO SERVIÇO PÚBLICO DE RÁDIO E TELEVISÃO
    • RGPD
      • Gestão das definições de Cookies
Política de Privacidade | Política de Cookies | Termos e Condições | Publicidade
© RTP, Rádio e Televisão de Portugal 2025