Segundo a ministra da Saúde angolana, Sílvia Lutucuta, que falava à margem da I Conferência sobre as Juntas de Saúde, a situação foi revertida, a partir de 2017, fruto da situação de dificuldades de gestão dos setores de Portugal e África do Sul, com um “investimento muito grande que foi feito no país”.
“Nós partimos de quase 500 doentes entre o setor da saúde de Portugal e África do Sul, em 2017, por esta altura os dois setores têm apenas cerca de 129 pacientes, com 80% deles em Portugal”, disse.
No discurso de abertura, a ministra de Estado para a Área Social, Carolina Cerqueira, realçou que o executivo angolano tem realizado um grande investimento em infraestruturas, munidas de serviços especializados para o tratamento de doentes do fórum renal, cardíaco, oncológico, ortopédico e oftalmológico.
Segundo Carolina Cerqueira, os doentes com necessidades nestas especialidades beneficiam já de cuidados e serviços em Angola, com bons exemplos dos quais os angolanos se podem orgulhar, nomeadamente no que se refere à cirurgia cardíaca, que é realizada no Complexo de Doenças Cardiopulmonar Cardeal D. Alexandre do Nascimento.
“Os doentes que necessitavam de cirurgia da anca e do joelho beneficiaram já desses cuidados no Hospital Américo Boavida e verificou-se também uma melhoria muito sensível do potencial interventivo assistencial do Instituto Oftalmológico de Angola”, indicou.
A governante angolana destacou ainda que, entre 2018 e 2019, foram realizados os dois maiores concursos públicos da história do setor da saúde em Angola, com a admissão de 33.093 novos profissionais na carreira especial e no regime geral, bem como o enquadramento de 100% dos médicos formados no país e no exterior.
“Para garantir a prestação de serviços nestas novas unidades iniciou-se a especialização de médicos, tendo sido definido um plano de formação emergencial, internato médico, orientando o ingresso direto ao internato a todos os médicos”, salientou.
Lusa