Uma nota da Diocese do Funchal, assinada pelo bispo do Funchal Nuno Brás e emitida em 16 de junho, deu conta do decreto eclesiástico que levantou a suspensão “a divinis” ao padre Martins Júnior, que havia sido decretada em 27 de julho de 1977 pelo bispo Francisco Santana.
Nuno Brás nomeou, entretanto, Martins Júnior como Administrador Paroquial da Ribeira Seca.
Na sequência desta decisão, a comissão Executiva e Financeira da Igreja da Senhora do Amparo – Ribeira Seca (CEFISA) anunciou uma festa para assinalar também o "dever de gratidão para com aquele que aceitou servir o seu povo, não só ao nível religioso, mas também na área social e cultural".
Nascido em 1938, Martins Júnior foi ordenado padre a 15 de agosto de 1962 na Igreja Matriz de Machico e, sete anos depois, nomeado pároco da Ribeira Seca.
Durante os 42 anos de suspensão, o padre nunca deixou de exercer as suas funções como responsável espiritual do povo da Ribeira Seca.
O padre Martins Júnior foi também presidente da Câmara Municipal de Machico por duas vezes, uma pela UDP e outra pelo PS [1989 e 1993].
Foi ainda deputado, por sete vezes, à Assembleia Legislativa da Madeira [1976 a 1989, nas listas da UDP e 1996 a 2004 pelo PS].
Em 1995, a 10 de Junho, Dia de Portugal, foi homenageado pelo então Presidente da República, Mário Soares.
LUSA