Em dezembro de 2022, a Polónia concedeu estatuto de proteção temporária a 31.860 ucranianos que fugiram da guerra lançada pela Rússia, seguida pela Alemanha (25.110), a Roménia (11.260) e a França (6.070).
Face a novembro de 2022, revela ainda o serviço estatístico da união Europeia (UE), o número de concessões de proteção temporária recuou em 21 dos 26 Estados-membros para os quais há dados disponíveis, com a Alemanha a registar a maior quebra (menos 11.275), seguindo-se a Polónia (-8.510), Itália (-4.675) e França (-2.765).
Por outro lado, as maiores subidas mensais foram observadas na Dinamarca (640), Roménia (515) e Irlanda (440).
Em Portugal, o número de estatutos proteção temporária concedidos em dezembro de 2022 recuou para os 895, face a 965 do mês anterior.
Em 31 de dezembro de 2022, a Polónia (956.760), a Alemanha (936.375) e a República Checa (431.310) registavam o maior número de ucranianos sob proteção temporária desde o início da invasão russa.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.031 civis mortos e 11.327 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.