As 22 pessoas foram assistidas por consequências ligeiras causadas pelos gases usados pela polícia e ninguém teve de ser levado para o hospital, disse o Sistema de Emergências Médicas (SEM) da Catalunha.
O acesso ao Parque da Cidadela, em Barcelona, onde fica o parlamento autonómico, foi bloqueado hoje pela polícia, no dia em que se está a celebrar o plenário de investidura do novo governo regional, liderado pelo socialista Salvador Illa, na sequência das eleições de 12 de maio.
Antes do arranque do plenário, o dirigente independentista catalão Carles Puigdemont, que protagonizou a declaração unilateral de independência da Catalunha de 2017, surgiu nas ruas de Barcelona, num regresso a Espanha após quase sete anos a viver no estrangeiro para fugir à justiça e quando continua a ser alvo de um mandado de detenção em território espanhol.
Puigdemont fez um comício de poucos minutos perante milhares de apoiantes que tinham sido convocados para uma praça nas imediações do parlamento regional e não voltou a ser visto depois de descer do palco em que falou, sendo neste momento desconhecido o seu paradeiro.
Após este pequeno comício, centenas de apoiantes de Puigdemont dirigiram-se para o acesso ao parque do parlamento e foi neste local que a polícia usou gases para dispersar o grupo que tentou forçar a entrada no recinto.
Um elemento da polícia da Catalunha, os Mossos d’Esquadra, foi detido hoje por suspeita de ter ajudado Puigdemont a abandonar o centro de Barcelona sem ser detido, disse esta força de segurança.
Os Mossos d’Esquadra ativaram também uma operação de controlo de estradas para tentar localizar Puigdemont, que foi desativada após quatro horas sem resultados.
Lusa